quinta-feira, 19 de abril de 2007

Simphonic Holocaust - Morte Macabre

O título é sinistro: SIMPHONIC HOLOCAUST - MORTE MACABRE, mas o som é especial. É um projeto desenvolvido com membros das bandas progressivas suecas ANEKDOTEN e LANDBERK sobre temas de filmes de horror italianos além do tema de ROSEMARY BABY de ROMAN PLANSKY. Uma nota informa que: “O projeto tornou-se um tal sucesso musical que eles decidiram lançar um álbum inteiro. As gravações foram feitas no STUDIO LARGEN em duas diferentes ocasiões e SYMPHONIC HOLOCAUST foi finalmente lançado em 26 de Outubro de 1998”.

O CD foi lançado também em LP duplo, com uma faixa extra, tal a procura. Os fãs das bandas GOBLIN, ANEKDOTEN e LANDBERK com certeza foram os maiores incentivadores do projeto e responsáveis pela divulgação boca-a-boca. Um álbum essencial do rock progressivo e inacreditável.

É até difícil descrever o som da banda. REINE FISKE é um dos mais amados guitarristas de progressivo moderno. O modo como ele toca é capaz de levar qualquer um às lágrimas, algo que até então só parecia possível ao som de outros dois grandes guitarristas: STEVE HACKETT (ex-GENESIS) e ROBERT FRIPP (KING CRIMSON), só que RF tem um som absolutamente próprio, que dificilmente você já terá ouvido. Uma grande característica em tempos de imitações intermináveis e sem graça.

Como um todo, o álbum MORTE MACABRE soa muito semelhante ao CD EPILOG do ANGLAGARD com a guitarra em um estilo que poderíamos classificar como fulminante. Entretanto, simplesmente não para aí. Há também algumas passagens do tipo TALK TALK e uma incrível “viagem ambiental” a-la BARK PSYCHOSIS.

Fora isso tudo é um álbum de tirar o fôlego. Poucas vezes as bandas de rock progressivo atuais conseguiram um resultado tão impressionante. Se você é fã do rock progressivo, este álbum é para você, mas se o seu gosto recai em trilhas de filmes, esta também é uma boa indicação, não só por ser baseado em filmes de terror, mas porque as músicas não são simples veículos para demonstrações pirotécnicas de virtuosismo, mas verdadeiros temas que poderiam muito bem terem sido incluídas em qualquer trilha de filme de suspense.

É um álbum para se ouvir em uma noite fria, de baixo de um cobertor, com todas as luzes apagadas. O resultado é arrepiante. Um excelente álbum do progressivo moderno.

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