Bem no meio da década de 70, em 1975, descobri um álbum de um pianista alemão, chamado George Gruntz intitulado MONSTER JAZZ que tinha o sugestivo subtítulo de MONSTER STICKSLAND MEETING TWO. A lista dos instrumentos dá uma idéia do som: piano, baixo, tambores escoceses, bateria acústica, bateria “eletrônica” – em 1975 elas eram completamente diferentes do que são hoje - gaitas de fole, saxofones e pífanos. Mas o que me levou mesmo a pegar esse disco foi a presença do saxofonista Charlie Mariano, parceiro do guitarrista belga Philip Catherine.
Em 1975 ouvir isso soava muito estranho, um disco um pouco difícil, mas bonito. Hoje em dia nem se daria atenção a um lançamento desses, passando por mais um disco de World Music. O problema com essa “definição” é que os americanos, chamam tudo o que eles não entendem ou acham que é exótico de World Music. Basta dizer que por dois anos consecutivos o Grammy dessa categoria foi para brasileiros.
A boa World Music, é aquele em que há “dever de casa” ou no mínimo interação entre os músicos. Isso é exatamente o que se encontra nesse disco. A idéia de George Gruntz foi integrar a percussão, militar e civil escocesa com uma típica bateria jazzística e outra eletrificada. Foi mais além, integrou a banda de pífanos civil com a banda de gaita de foles militar e o quarteto de jazz.
Maestro, pesquisador e estudioso com vários livros publicados na Europa. Lamentavelmente não é citado nos livros americanos sobre jazz, salvo quando acompanhando algum americano.
Ele possui outros discos similares, infelizmente todos fora de catálogo. O primeiro MONSTER STICKSLAND MEETING era com percussionistas africanos, atualíssimo por sinal. Sua característica é de fazer arranjos de músicas tradicionais mesclando-as com o idioma jazístico. Um exemplo é uma música chamada FUDIWEGGLI - não tenho a menor idéia do significado – onde os pífanos, pequenas flautas comuns no Nordeste, executam a melodia junto com o grupo de jazz. Há também a tradicional WHISKEY ON THE ROCKS onde os pífanos são acompanhados pelas gaitas de fole do BASEL DRUM CORPS. Curioso o quase “guincho” que as gaitas dão ao não alcançarem as notas agudas dos pífanos.
Ao final da audição tem-se uma estranha sensação de familiaridade, afinal, ali estão os improvisos de piano e sax conhecidos do universo jazzístico, mas o arranjo e a interação deles com os instrumentos escoceses são tão perfeitos, que tudo soa absolutamente novo.
Em 1975 ouvir isso soava muito estranho, um disco um pouco difícil, mas bonito. Hoje em dia nem se daria atenção a um lançamento desses, passando por mais um disco de World Music. O problema com essa “definição” é que os americanos, chamam tudo o que eles não entendem ou acham que é exótico de World Music. Basta dizer que por dois anos consecutivos o Grammy dessa categoria foi para brasileiros.
A boa World Music, é aquele em que há “dever de casa” ou no mínimo interação entre os músicos. Isso é exatamente o que se encontra nesse disco. A idéia de George Gruntz foi integrar a percussão, militar e civil escocesa com uma típica bateria jazzística e outra eletrificada. Foi mais além, integrou a banda de pífanos civil com a banda de gaita de foles militar e o quarteto de jazz.
Maestro, pesquisador e estudioso com vários livros publicados na Europa. Lamentavelmente não é citado nos livros americanos sobre jazz, salvo quando acompanhando algum americano.
Ele possui outros discos similares, infelizmente todos fora de catálogo. O primeiro MONSTER STICKSLAND MEETING era com percussionistas africanos, atualíssimo por sinal. Sua característica é de fazer arranjos de músicas tradicionais mesclando-as com o idioma jazístico. Um exemplo é uma música chamada FUDIWEGGLI - não tenho a menor idéia do significado – onde os pífanos, pequenas flautas comuns no Nordeste, executam a melodia junto com o grupo de jazz. Há também a tradicional WHISKEY ON THE ROCKS onde os pífanos são acompanhados pelas gaitas de fole do BASEL DRUM CORPS. Curioso o quase “guincho” que as gaitas dão ao não alcançarem as notas agudas dos pífanos.
Ao final da audição tem-se uma estranha sensação de familiaridade, afinal, ali estão os improvisos de piano e sax conhecidos do universo jazzístico, mas o arranjo e a interação deles com os instrumentos escoceses são tão perfeitos, que tudo soa absolutamente novo.
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