quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Burnier & Cartier


Pausa... Levei um bruta susto. Passou um mês inteiro desde a última postagem e não coloquei absolutamente nada aqui. Mas vou ter que dar um tempo nessa conversa pra falar de dois caras que foram bem importantes musicalmente pra mim. Vou aproveitar o que meu amigo Justin escreveu no blog dele e colocar aqui. Espero que gostem.

"Eu amo essa foto de volta. Esses artistas são realmente olhando para a notação musical em uma página. Como é refrescante!


Eu fiz novo upload deste album. Eu não posso deixar para trás este álbum surpreendente. Esta dupla fez apenas dois LP's juntos (tem outro ao vivo Justin), sendo este o primeiro. Mais uma vez os engenheiros da RCA estavam no auge da forma com a sua qualidade de gravação, mas eles realmente têm algo com o que trabalhar aqui. Vou mencionar que Octavio Burnier é sobrinho de Luiz Bonfá, como pode ser notado pelas composições com o tio e a dedicatória na contra capa. Esse LP é uma obra prima da pop Fusion. Este duo tem essa interação mágica. Ouça com atenção para o trabalho/jogo de contraponto. Extraído dos melhores momentos por volta do início dos anos 70. Um pouco "Chicago", um pouco "Nilson", um pouco "Seals & Croft", um pouco "Sim" e um pouco de "Crosby, Stills & Nash", para citar algumas das coisas que eu ouço. Deus abençoe os japoneses para a remasterização e reedição desta jóia. Para um prazer extra, rompa os fones de ouvido e relaxe e desfrute este passeio. Uma grande gravação! Cheia de brilho e rara fidelidade. A saturação de fita aqui é uma benção de Deus. Uma gravação incrível!"

Tá bom Justin, você foi meio exagerado... mas não muito. O disco é muito bom, mas bem distante do que costumamos ouvir por aqui. Por isso tantos elogios. Eu fui conhecer esse disco graças ao Justin, porque apesar de saber dele, só conhecia a capa e não tinha a menor idéia de como soava.

É Música Brasileira que apesar de Popular, não é aquela que vai tocar nas rádios tão cheias de Madonas e Lady Gaga's... RÁDIOS???? Onde eu estou, no século passado? Caramba, acho que ninguém aqui vai baixar esse album do iTunes, o que é uma pena, porque o álbum é ótimo.

Entretanto, eu tenho preferencia pelo segundo album dos caras, lançado em 1976. Tem mais violão, ou violões e é praticamente camerístico. Como assim? Bem, tem menos instrumentos, os violões aparecem mais, o tratamento (da produção) é mais cuidadoso e não tem exageros.
Entrei a vida adulta com essas músicas. Tinha 18 anos e "Minha Mãe Não Sabe de Mim" era quase que um hino. Queria tocar como o Burnier, ter a mesma destreza dele como instrumentista, o mesmo bom gosto nos arranjos e o mesmo som de guitarra.

Tentei buscar pelos buscadores da vida, onde andam esses caras, mas não consegui muita coisa além dos óbvios. Participaram do Song Book do João Bosco com o chato do Ed Mota (sorry Ed, fui sincero como você sabe que eu sou!) e quem quiser conferir pode ouvir aqui. O primeiro disco deles pode ser comprado novo lá na Amazon por módicos US$70 ou USADO por US$129.45. Estão brincando? Enquanto isso, tente comprar o mesmo CD nas Lojas Americanas. Sabe o que você encontra lá? É melhor esquecer isso.

ps: não sou de fazer isso, mas dá uma olhada nos comentários. Alguém colocou um link interessante lá.

6 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

Malandro, tava procurando por esses cabinhas faz tempão.
Valeu

Tavynho Bonfa disse...

Caro Alex, que boa lembrança! Valeu! De vêz em quando reescuto e acho que valeu a pena mesmo.
Mantenha contato.
Abs.
Tavynho Bonfa
(ex-Burnier & Cartier)
tavynhobonfa.blogspot.com

Vagalumeazul disse...

Meu marido tem uma adorável história sobre o disco Burnier & Cartier de 1976. Na época as lojas de discos em Porto Alegre colocavam os discos num amostruário e quando você comprava, iam até o estoque e buscavam outro exemplar. Acontece que este disco, como vieram poucos, tinham sidos todos vendidos e só restava mais o de amostra que além de não ter a ficha técnica - coisa que para nós é fundamental - a loja não vendia. Tanto ele pentelhou o gerente, que já o conhecia de longa data, que o mesmo para se livrar, vendeu o disco para gente.
Depois de algum tempo, um amigo nosso - que conheceu a dupla escutando o disco em nossa casa - foi ao Rio de Janeiro e voltou se gabando de ter comprado o disco novinho em folha. Então fizemos uma xerox da ficha técnica e, hoje depois de tanto tempo é uma de nossas relíquias.
Agora temos em CD e tals... mas o vinil foi e sempre será uma de nossas grandes conquistas, porque não fosse a insistência do João...

Sheyla Castor disse...

Adorei!

Ricardo SG disse...

Caramba!!! que surpresa!!! Esses discos deveriam ser reeditados, será que o Charles Gavin (dos Titãs)os conhece para liderar esse relançamento? Que eu saiba nunca os vi por ai. Parabéns Alex, essa dupla teve um reconhecimento parco, as gravadoras deveriam ter dado mais atenção aos excelentes músicos!
Abraços!
Ricardo SG