sábado, 28 de agosto de 2010

Brazillian Connection (Burnier & Cartier)



É quase um resgaste. Encontrar esses discos do Burnier & Cartier, descobrir novos. Bem, não exatamente novos, mas descobrir esse album australiano do qual nunca tinha ouvido falar é muito interessante. É o Don Burrows e seu quinteto acompanhado pela dupla e mais um quarteto de cordas. Don Burrows é um músico auatraliano que flertou muito com a bossa nova e chegou a tocar com Luiz Bonfá, tio de Burnier. Não compreendo muito bem a motivação que o teria levado a chamar a dupla para shows na Austrália. Tocaram duas músicas dele, outras músicas do Bonfá e o repertório do segundo disco da dupla em sua maioria.

Lado A:
PROSSIGA
PAPAGAIO
DON JOÃO
SITIO AZUL
MANHA DE CARNAVAL
INSENSATEZ
AVENTURA ESPACIAL
LEMBRANDO ED KLEGER

Lado B:
FGC
PEDRA PINTADA
CLOUD
BARRANCO
LENDA DAS AMAZONAS
RECREIO
MACANTE
CHICOS BAR
ARTIMANHAS.

Um pouco mais sobre o duo Burnier & Cartier: formado pelos guitarristas, cantores e compositores Burnier (Luiz Octavio Burnier Bonfá) e Cartier (Claudio Cartier), os quais se encontraram em 1968 no Movimento Artístico Universitário (MAU), começaram a compor em parceria dois anos depois.

Em 1974, gravaram seu primeiro LP "Burnier & Cartier," lançado pela RCA.

Junto com Sônia Bonfá, criaram o trio vocal Papo de Anjo exclusivamente para as gravações da trilha da série "Sítio do Pica Pau Amarelo". (TV Globo).

Participaram do Festival Abertura (TV Globo) em 1975 com a música "Ficaram Nus" ficando em terceiro lugar e aparecendo no LP com todas as finalistas.

No ano seguinte foram contratados pela Oden por sugestão de Milton Nascimento ao diretor artístico Mariosinho Rocha, quando gravaram seu segundo LP.

Em 1977, os sdois músicos foram convidados por Don Burrows para fazerem alguns concertos na Australia, gravado ao vivo, gerou um álbum duplo "Brazilian connection", lançado pela Pie Records, com a participação de Don Burrows Quintet, do The Sidney Strings Quartet e George Golla. O disco foi lançado nos Estados Unidos com o título de "Brazilian parrots" (argh!).

Performers
Don Burrows (flutes, clarinet, and percussion) e The Brazilian Connection (Don Burrows Quintet; George Golla -guitar; Octavio Burnier, Claudio Cartier - vocals and guitars; Sydney String Quartet; atuando em várias combinações diferentes.

5 comentários:

Anônimo disse...

http://rapidshare.com/files/415769580/DonBurrows_TheBrazilianConnection_Full.zip.html

José do Carmo Lopes disse...

Alex, comprei o Brazilian Parrot (argh mesmo!) no e-bay. Mas apesar do mau gosto, o nome até se justifica pois a segunda faixa do disco (papagaio) passou a ser chamada de "a colorful brazilian parrot", Mas creio que eles usaram outro nome porque não poderiam lançar como o original australiano já que, simplesmente, mutilaram o disco lançando como album simples(!!!!!). E nem se deram ao trabalho de fazer uma compilação: simplesmente eliminaram o disco 2.
Lamentável... Outra coisa que achei estranho (para os padrões americanos de qualidade): o disco está novo (é um promotional copy) mas tem imperfeições no vinil (pequenas pelotinhas aqui e ali que geram estalos desagradáveis). Cansei de ver isso em edições nacion ais mas em discos americanos é a primiera vez. Ouvindo o disco com atenção às vezes dá prá duvidar que ele seja realmente ao vivo. Parece mais aqueles "fakes" que acrescentam palminhas ao final de cada música gravada em estúdio (palminhas estas rapídamente cortadas - o disco não tem a sequencia de um disco ao vivo realmente). Salvo engano meu, DON JOÃO parece ter sido integralmente "chupada" (até o tempo de duração é o mesmo)do segundo álbum da dupla. A única que parece ser mesmo ao vivo é "lembrando Ed Kleger" que ficou mais longa que a original do primeiro album da dupla pois abriu espaço para virtuosismos individuais, mesmo assim sem grandes arroubos. Valeu pela curiosidade mas não sei se vou atrás do original duplo. Onde se acha, o preço pedido é alto, não tanto pelo disco mas pelo frete da Austrália para o Brasil, simplesmente proibitivo. Gostaria de ouvir como ficou "recreio" ao vivo, mas pelo exemplo de "Don João", vai que foi chupada do disco de estúdio também, então...
Grande abraço.
Zé do Carmo - Campinas-SP

Alex Saba disse...

Olá Zé

Com certeza o o próprio Burnier não se importaria que você baixasse esse album pelo link que colocaram no outro comentário.
Nele estão os dois discos. Não é mesmo lá essas coisas como gravação. Os discos brasileiros soam muito melhor. Falta a platéia e para um contexto jazzístico, tudo parece um pouco engessado. Esse comentário meu vem depois de várias audições do disco que era totalmente desconhecido pra mim.
Não sei realmente se vale à pena correr atrás do original. O ideal seria ter mais deles na época do segundo disco, que considero superior por ser mais enxuto, com mais destaque para os violões (e guitarra) e o mesmo cuidado vocal. São trabalhos diferentes, onde se no primeiro há destaque para os arranjadores, no último há para os instrumentistas.
O Octavyo Burnier deixou um comentário no post sobre o disco deles. :-)
Forte abraço
Alex

José do Carmo Lopes disse...

Eu vi o comentário do Burnier, Saba. Legal isso. Tô baixando lá do link indicado. Realmente não vale a pena o risco de importar da Austrália. VocÇe ouviu DON JOAO?!? Teve a mesma impressão que eu de que ela foi chupada do disco de estúdio e colocaram umas palminhas no final?!?
Grande abraço.

Vagalumeazul disse...

Vamos ser honestos; aquilo que tá fora de rota ou é muito inacessível seja pelo preço ou o que for, eu baixo sem dó nem remorsos. Então.. Don Burrows já tá tocando na vitrola. Sei lá parece um pouco - bastante - exportação, música para gringo gostar e pá.. mas eu gosto. Achei bacana mesmo. Penso que os Australianos devem ter babado com MPB Brasil bonito.
Abraços e muito obrigada pela oportunidade.