tag:blogger.com,1999:blog-14970763442604141352024-02-07T12:10:23.052-03:00Keyboard MusikAqui você lê o que Alex Saba escrevia para a coluna AUDIÓFILO da revista Teclado & Audio, mas agora você vai ler muito mais e não só sobre teclados. Aproveite. Boa leitura.Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.comBlogger46125tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-43010259406780906422020-03-23T23:16:00.003-03:002020-03-23T23:16:28.946-03:00O Improviso e o Jazz<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nessa estreia quero logo encarar os fatos: o preconceito é danoso. Todo mundo concorda com isso, mas em música (como em qualquer manifestação artística), as pessoas não se importam em serem preconceituosas. Podemos ter preferências, mas temos que estar prontos para o futuro. Como você está conectado no amanhã e é assinante hoje de um jornal do amanhã, teremos boas conversas por aqui.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Existe uma tendência natural da nossa sociedade para os rótulos. Temos carros de passeio, de esporte, utilitários; trajes de verão, de inverno e de meia-estação; cozinha brasileira, internacional e italiana. E assim por diante. Alguns desses rótulos são mais "explicações" do que propriamente uma "rotulação", mas todos buscam enquadrar um determinado assunto. Mas e a música? Será que ela pode ser enquadrada? De certa forma pode. Clássico, rock e jass são definições claras. Até surgir o Rock Progressivo, o Jass Rock, Samba Reagge, que embaralham qualquer definição. Muitos artistas se colocam num limite muito estreito, a um milímetro de tudo... ou nada.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando Miles Davis lançou Bitches Brew, o mundo literalmente não entendeu nada. Muitos críticos, senão todos, arrasaram o disco. Quando ele gravou Man With The Horn após um longo período afastado, foi um novo susto. No seu último disco Doo Bop (lançado postumamente em 1992), ele fundia rap e jass. Miles deixou de ser um jazzman? Picasso deixou de ser um pintor quando aderiu ao cubismo?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Picasso não deixou de ser pintor, da mesma forma que Miles não largou o jass. Os dois são indiscutíveis gênios, e como tal romperam com suas respectivas tradições, mas nunca com sua essência. Por mais que os puristas (ou os ortodoxos) odeiem, o jass não é uma arte folclórica, que possa ser estudada com início-meio-fim. Ele está vivo e sua evolução é a maior prova disso.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na abertura do programa Free Jazz anos atrás, Nelson Motta disse que o charme do jass era a improvisação. Mas não é bem assim, improvisação é a alma do jass. Existem muitos métodos que ensinam como improvisar, mas o bom improviso depende unicamente do artista e nunca de regras. Pode ser uma única nota ou uma cascata de notas, mas só o verdadeiro jazzman sabe como, quando e onde coloca-las. E esta é a grande diferença. Tanto no rock quanto no clássico, existem grandes solistas, mas pouquíssimos improvisadores.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Fantasia clássica era inicialmente (no século XVI) uma composição instrumental que adotava a estrutura do ricercare (do italiano “procurar, inventar”), mas que foi abandonada posteriormente (século XVIII), transformando-se em “uma espécie de sonata de construção menos rígida”.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No rock ouvimos muitos solos, mas pouquíssimos são improvisados. Basta compararmos com as gravações ao vivo. Poucos músicos se arriscam a alterar seus solos, e esta é a palavra chave: ARRISCAR.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Improvisar é “não saber qual a nota seguinte”. Durante o improviso o músico entra em uma espécie de “estado de graça”. Só ele e sua música. Nem mais seu instrumento está lá, visto que este é apenas isso: um instrumento para o momento maior. Certos músicos improvisam como se passeassem no parque (Bill Evans - piano, Philippe Catherine - guitarra, Paul Desmond - sax alto); outros parecem duelar com o diabo (Jeremy Steig - flauta, Clifford Brown - trumpete, Michael Camillo - piano) e ainda os que “conversam” com seus instrumentos (Oscar Peterson - piano, Jim Hall - guitarra). Mas todos tem em comum o fato de criarem algo inteiramente novo cada vez que tocam uma música.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que eu quero chamar atenção, é que o jass não é uma arte estática (nenhuma arte pode ser, mas a música é a que mais sofre com os rótulos) ele assume suas influências e mistura-se sem a menor cerimônia. Duke Ellington, Miles Davis, Dizzy Gillespie, Ornette Coleman e outros nos mostraram o caminho. Traditional, New Orleans, Be-Bop, Cool, Free-Jazz, Jazz-sinfônico, Latin-jazz, Jazz-rock, World-Jazz, Acid-Jazz, não importa o nome. Existe jass para todos e para todos os gostos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Daqui prá frente, vou escrever sobre discos e shows (na verdade tudo o mais ligado à música) desde os que ferem os ouvidos dos puristas, até os que fazem a alegria dos mais ortodoxos. Enquanto isso vou ouvindo um pouco de Meade-Lux-Lewis, Milton Nascimento, Tribal Tech, Jelly Roll Norton, João Bosco, The Chick Corea Elektric Band, Miles Davis & Marcus Miller, Miles Davis & Gill Evans, Charlie Christian, Kazumi Watanabe, Joe Zawinul & Benny Carter, Weather Report, Charles Mingus, Jaco Pastorius...</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(texto originalmente publicado na revista digital <a href="http://www.teclaseafins.com.br/edicao-1-marcio-buzelin-jether-garotti/" target="_blank">Teclas & Afins</a>)</span><br />
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Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/03058954800711465295noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-6195731589076660632013-03-27T02:55:00.001-03:002013-03-27T02:55:16.892-03:00Quaterna Réquiem - O Arquiteto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKLDcLokGwxhbR7Sy8KQs2rmJkhY7TVl6e9_OUNJiROIqBwXWn9dsOiyvuLgzhLzogWcBWFy-klvuxHafKdiYgDHy6BUqZaf2fljYfyNuwTfUDweLkj9qj5vR5b5874DoKvitIqWp7bvI/s1600/Quaterna+-+O+Arquiteto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKLDcLokGwxhbR7Sy8KQs2rmJkhY7TVl6e9_OUNJiROIqBwXWn9dsOiyvuLgzhLzogWcBWFy-klvuxHafKdiYgDHy6BUqZaf2fljYfyNuwTfUDweLkj9qj5vR5b5874DoKvitIqWp7bvI/s1600/Quaterna+-+O+Arquiteto.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse blog esteve abandonado por pura falta de novidades. Ando às voltas com meu próximo trabalho e apesar das sugestões, ainda não tenho nada de novo, entretanto... o pessoal do Quaterna finalmente veio com uma novidade. Uma velha novidade ou uma novidade esperada há muito tempo.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fui assistir o lançamento do CD O Arquiteto com dupla ansiedade. Primeiro porque era um trabalho prometido há muito tempo pelo grupo e depois porque eu também sou arquiteto. Ok, não era uma homenagem à minha pessoa, mas aos meus colegas.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Prometi que eu ia escrever sobre o assunto e ando pesquisando algumas coisas que ouvi e ainda não tenho nada muito conclusivo, além de que é o melhor lançamento do progressivo brasileiro.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Independente do que vou escrever no próximo post, procurem ouvir o que eles fizeram. Tenho certeza de que você vai gostar. Já antecipo aos ansiosos, que gostei (claro, senão não estaria aqui). Gostei? Foi um pouco além. Fiquei com inveja de não ter composto o que estava ali e de não estar em uma banda tão entrosada como essa.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Me aguardem! </span>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-67595321066234612412011-03-25T16:27:00.001-03:002011-03-25T16:29:03.317-03:00O Terço - CD<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A sigla CD aqui do título não é para compacto duplo. O compacto duplo está descrito no post abaixo desse aqui. Eu quero falar do mesmo disco, agora na versão em CD que saiu no final do ano passado.<br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A edição é primorosa. A capa reproduz a capa original, algo que é negligenciado pelo produtores, mas que aqui inclui até uma cópia do rótulo do disco. Excelente para os colecionadores, mas há mais. Além das 5 músicas do compacto, esta versão inclui ainda: Edifício Avenida Central (J.Amiden/J.das Neves/e.Piauí), Tributo ao Sorriso (J.Amiden/S.Hinds) e Vou Trabalhar (J.Amiden/C.de Mercês).<br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A melhor delas - quem sou eu pra falar - é a segunda, originalmente em um outro compacto mas que chamou minha atenção no século passado porque foi o que eles tocaram no V Festival Internacional da Canção. Muito bom ouvir isso outra vez.<br />
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O CD está ótimo e muito bem preparado. Em termos do áudio, não foi feita uma masterização exagerada e apesar do som estar um pouco tímido, não cansa. Pode-se ouvir tudo. Desde o violoncelo elétrico do Hinds, às sutilezas do baixo do Cesar e toda a orquestra.<br />
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bom saber que ainda existem produtores decentes por aí. Meus parabens ao Marcelo Fróes e toda a equipe.</span>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-13603697166202642842010-08-29T15:15:00.003-03:002010-08-29T15:23:39.481-03:00O Terço - Compacto Duplo<div style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUR1xxzQ9XOOovXXqjkBS3rS23akSDWoZxX_2J9jFZClXkE8v_eNSpqs1yyU4cz2kWaKQyPg0D8XUm6-V7jLkcmkhwV1plSCvEe_i2gAdGDah1BH5q2DdfgpjaLaJov2U1Q2JcX8T-Bwo/s400/O+Ter%C3%A7o+CompactoDuplo+01Capa.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 392px; height: 400px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510898777271123234" /></div><div style="text-align: justify;">Por muitos anos esse compacto duplo esteve guardado entre as minhas coisas. Um monte de disquinhos da <i>Guitar Playe</i>r e da <i>Keyboard</i>. Sei lá porque fui pegar nisso. Talvez saudosismo ao ter descoberto os LPs do Burnier & Cartier, mas isso é mais antigo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu olhava essa capa, o violoncelo elétrico, a guitarra de 3 braços (chamada por eles de triarra) e imaginava estar tocando com eles, ou ter um grupo como o deles, ou tocar Bach, ou tocar qualquer coisa. Eu já tocava violão, mas nada demais, só os sucessos da rádio, e olha que a rádio não era das melhores na época da <i>Jovem Guarda</i>. Foram esses discos que me fizeram pensar o que eu queria fazer com minha música, com a música que escutava dentro de mim.</div><div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI_usmjeJ__ttzvGWw7cOFi_WyJwKhcKPlQ9wiHsXlZR7DppdcLEKlCyNHMN5aF0Dl8sB4_PxGrxym0N0NVp6T_e5HSSf5fgNfaEGvX8UVZt7w-UX7d6ymxYX2eoKP9dTumtrHUsnv7Cc/s400/O+Ter%C3%A7o+CompactoDuplo+02ContraCapa.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 397px; height: 400px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510898785941028402" /></div><div style="text-align: justify;">Não vou falar nada sobre esse disco porque não há nada mesmo a ser dito. A capa diz tudo e a contracapa tem a relação das músicas. Esse é um daqueles discos que merecia sair em CD, porque ele contém não só o histórico de um grande grupo mas também porque as músicas são muito boas. Jorge Amiden estava muito inspirado e Sergio Hinds, talvez por estar à cargo do violoncelo elétrico, estava bastante comedido.</div><div><br /></div><div>Vale a audição</div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-58368850370262882942010-08-28T22:41:00.005-03:002010-09-14T12:54:58.513-03:00Brazillian Connection (Burnier & Cartier)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidMXK1yKgstJ83845zArYbU8tIuPuYqm7IJvPqA7WxIww5eTqm7Uv-oTesTySDj0_XWnO7mNbMGLbVgFXG9IHabV7BgaF25k6N6hGUoV0ZwXfy3KSJoHauH362KVFWrVbQdnW8ZTn_vBk/s1600/DBurrowsBraz.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 390px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidMXK1yKgstJ83845zArYbU8tIuPuYqm7IJvPqA7WxIww5eTqm7Uv-oTesTySDj0_XWnO7mNbMGLbVgFXG9IHabV7BgaF25k6N6hGUoV0ZwXfy3KSJoHauH362KVFWrVbQdnW8ZTn_vBk/s400/DBurrowsBraz.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510644451112413346" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style=" color: rgb(255, 206, 157); line-height: 18px; font-family:Arial, sans-serif;font-size:11px;"><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">É quase um resgaste. Encontrar esses discos do Burnier & Cartier, descobrir novos. Bem, não exatamente novos, mas descobrir esse album australiano do qual nunca tinha ouvido falar é muito interessante. É o Don Burrows e seu quinteto acompanhado pela dupla e mais um quarteto de cordas. Don Burrows é um músico auatraliano que flertou muito com a bossa nova e chegou a tocar com Luiz Bonfá, tio de Burnier. Não compreendo muito bem a motivação que o teria levado a chamar a dupla para shows na Austrália. Tocaram duas músicas dele, outras músicas do Bonfá e o repertório do segundo disco da dupla em sua maioria.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></span></div><div style="text-align: center; "><span style="font-weight: bold; "><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Lado A:</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />PROSSIGA<br />PAPAGAIO<br />DON JOÃO<br />SITIO AZUL<br />MANHA DE CARNAVAL<br />INSENSATEZ<br />AVENTURA ESPACIAL<br />LEMBRANDO ED KLEGER<br /><br /></span></span><span style="font-weight: bold; "><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Lado B:</span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />FGC<br />PEDRA PINTADA<br />CLOUD<br />BARRANCO<br />LENDA DAS AMAZONAS<br />RECREIO<br />MACANTE<br />CHICOS BAR<br />ARTIMANHAS.<br /></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></span><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Um pouco mais sobre o duo Burnier & Cartier: formado pelos guitarristas, cantores e compositores Burnier (Luiz Octavio Burnier Bonfá) e Cartier (</span></span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); font-size: small; ">Claudio </span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); font-size: small; ">Cartier), os quais se encontraram em 1968 no Movimento Artístico Universitário (MAU), começaram a compor em parceria dois anos depois.</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />Em 1974, gravaram seu primeiro LP "Burnier & Cartier," lançado pela RCA.<br /><br />Junto com Sônia Bonfá, criaram o trio vocal Papo de Anjo exclusivamente para as gravações da trilha da série "Sítio do Pica Pau Amarelo". (TV Globo).<br /><br />Participaram do Festival Abertura (TV Globo) em 1975 com a música "Ficaram Nus" ficando em terceiro lugar e aparecendo no LP com todas as finalistas.<br /><br />No ano seguinte foram contratados pela Oden por sugestão de Milton Nascimento ao diretor artístico Mariosinho Rocha, quando gravaram seu segundo LP.<br /><br />Em 1977, os sdois músicos foram convidados por Don Burrows para fazerem alguns concertos na Australia, gravado ao vivo, gerou um álbum duplo "Brazilian connection", lançado pela Pie Records, com a participação de Don Burrows Quintet, do The Sidney Strings Quartet e George Golla. O disco foi lançado nos Estados Unidos com o título de "Brazilian parrots" (argh!).<br /><br /></span></span><span style="font-style: italic; "><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Performers</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><i>Don Burrows</i> (flutes, clarinet, and percussion) e <b>The Brazilian Connection</b> (<i>Don Burrows Quintet</i>; <i>George Golla</i> -guitar; <i>Octavio Burnier</i>, <i>Claudio Cartier</i> - vocals and guitars; <i>Sydney String Quartet</i>; atuando em várias combinações diferentes.</span></span></div></span>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-4482522704339052342010-08-25T01:32:00.006-03:002010-08-25T02:38:09.306-03:00Burnier & Cartier<div style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpCoeKdUG1xPQB79XSCuyKQiwSI7SVbobnZJzewaXdC8ppfnbVMayVBMVkk469afYPtgo0A2IbJMCRYS7ZayPKoCU8EC-6uhkGLNVLl_ssmmug9OzJndpekKjp_2dRmFDwABzx-JMnPsMP/s400/Burnier+%26+Cartier+%5B1974+RCA%5DA.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 399px;" border="0" alt="" /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Pausa...</b> Levei um bruta susto. Passou um mês inteiro desde a última postagem e não coloquei absolutamente nada aqui. Mas vou ter que dar um tempo nessa conversa pra falar de dois caras que foram bem importantes musicalmente pra mim. Vou aproveitar o que meu amigo <a href="http://jthymekind.blogspot.com/2008/02/burnier-cartier-burnier-cartier-1974.html"><i>Justin</i></a> escreveu no blog dele e colocar aqui. Espero que gostem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Eu amo essa foto de volta. Esses artistas são realmente olhando para a notação musical em uma página. Como é refrescante! </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXLPKGnEDHZMXzNHu3HcAxeDWqWSMMqZgRONnffzLV9S3KsvykmLpAGsvc-3tWSF9GdxJvreIP9Oy000y_Wh8cMXEClE9Lk9o9DmQ5PCbo9yqZTiBU_oaUZ7XEYzqcokHsSVeu4bB2CnEq/s400/Burnier+%26+Cartier+%5B1974+RCA%5DB.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 398px;" border="0" alt="" /><div style="text-align: center;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;">Eu fiz novo upload deste album. Eu não posso deixar para trás este álbum surpreendente. Esta dupla fez apenas dois LP's juntos (<i>tem outro ao vivo Justin</i>), sendo este o primeiro. Mais uma vez os engenheiros da RCA estavam no auge da forma com a sua qualidade de gravação, mas eles realmente têm algo com o que trabalhar aqui. Vou mencionar que Octavio Burnier é sobrinho de Luiz Bonfá, como pode ser notado pelas composições com o tio e a dedicatória na contra capa. Esse LP é uma obra prima da pop Fusion. Este duo tem essa interação mágica. Ouça com atenção para o trabalho/jogo de contraponto. Extraído dos melhores momentos por volta do início dos anos 70. Um pouco "Chicago", um pouco "Nilson", um pouco "Seals & Croft", um pouco "Sim" e um pouco de "Crosby, Stills & Nash", para citar algumas das coisas que eu ouço. Deus abençoe os japoneses para a remasterização e reedição desta jóia. Para um prazer extra, rompa os fones de ouvido e relaxe e desfrute este passeio. Uma grande gravação! Cheia de brilho e rara fidelidade. A saturação de fita aqui é uma benção de Deus. Uma gravação incrível!"</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tá bom Justin, você foi meio exagerado... mas não muito. O disco é muito bom, mas bem distante do que costumamos ouvir por aqui. Por isso tantos elogios. Eu fui conhecer esse disco graças ao Justin, porque apesar de saber dele, só conhecia a capa e não tinha a menor idéia de como soava.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É Música Brasileira que apesar de Popular, não é aquela que vai tocar nas rádios tão cheias de Madonas e Lady Gaga's... RÁDIOS???? Onde eu estou, no século passado? Caramba, acho que ninguém aqui vai baixar esse album do <i>iTunes</i>, o que é uma pena, porque o álbum é ótimo.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entretanto, eu tenho preferencia pelo segundo album dos caras, lançado em 1976. Tem mais violão, ou violões e é praticamente camerístico. Como assim? Bem, tem menos instrumentos, os violões aparecem mais, o tratamento (da produção) é mais cuidadoso e não tem exageros.</div><div style="text-align: justify;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsuagL348kFjM4UU4e-ELyGqEYto-g9RHxP1wl1J2ou_aVC9eE_MGeaL-cRBHKYfjWhs-eXvfH3Z8UytjUBxNeYm5ocbBee700mosfzflh69FrFOZ59qrRJ5qcdyuOlBdXzx3pa5feEaw/s400/Burnier+%26+Cartier+%5B1976+EMI+Odeon%5DA.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 399px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5509205042127759314" /></div><div style="text-align: justify;">Entrei a vida adulta com essas músicas. Tinha 18 anos e "Minha Mãe Não Sabe de Mim" era quase que um hino. Queria tocar como o Burnier, ter a mesma destreza dele como instrumentista, o mesmo bom gosto nos arranjos e o mesmo som de guitarra.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tentei buscar pelos buscadores da vida, onde andam esses caras, mas não consegui muita coisa além dos óbvios. Participaram do Song Book do João Bosco com o chato do Ed Mota (sorry Ed, fui sincero como você sabe que eu sou!) e quem quiser conferir pode ouvir <a href="http://www.amazon.com/Bijuterias/dp/B003DI0O52/ref=sr_1_cc_1?ie=UTF8&qid=1282712012&sr=1-1-catcorr">aqui</a>. O primeiro disco deles pode ser comprado novo lá na <a href="http://www.amazon.com/Burnier-Cartier/dp/B000066O05/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1282712012&sr=1-1">Amazon</a> por módicos US$70 ou USADO por US$129.45. Estão brincando? Enquanto isso, tente comprar o mesmo CD nas Lojas Americanas. Sabe o que você encontra lá? É melhor esquecer isso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">ps: não sou de fazer isso, mas dá uma olhada nos comentários. Alguém colocou um link interessante lá.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-76663932927861849492010-06-27T15:52:00.004-03:002010-06-27T16:14:17.918-03:00A Fornada Premiada da Padaria Marconi (1)<div style="text-align: left;"><b><div style="display: inline !important; "><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><b><div style="display: inline !important; "><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><b><div style="display: inline !important; "><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><b><div style="display: inline !important; "><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><b>A FORNADA PREMIADA DA PADARIA MARCONI</b></span></div></b></span></div></b></span></div></b></span></div></b></div>Parte 1 - A Pré História<div><br />Deixando as correrias do lançamento do novo álbum, resolvi ressuscitar uma série de colunas dedicadas às minhas bandas favoritas e (por razões inexplicadas) jamais comentadas aqui. Mas nunca é tarde. Portanto aqui vamos nós com o som italiano do PREMIATA FORNERIA MARCONI.<br /><br /></div><div>PFM (para os íntimos) em uma tradução liberal seria o título lá de cima. Nos idos de 70, quando tínhamos pouca informação sobre nossos artistas favoritos, havia um boato de que a origem do nome era porque um padeiro fazia o pão enquanto tocava flauta. Era difícil imaginar isso, mas... éramos jovens... e ingênuos. Mas a padaria existe (ainda hoje) apesar de ter mudado de FORNERIA MARCONI para PASTICCERIA MARCONI e fica em CHIARI (na província de BESCIA – precisamente na Via Mazzini, 1, Tel. +39.30.711112), que vem a ser a cidade natal de um dos integrantes: MAURO PAGANI (flauta, violino e letras). Daí a origem do boato.<br />Comecei a ouvir PFM graças a meu primo Geraldo, que foi de férias aos EUA e voltou com “trocentos” LPs, prá desespero do pai, que pagou uma boa grana em excesso de bagagem. Mas valeu a pena, por que ficamos conhecendo o PFM. Não me lembro de porque ele comprou o PHOTOS OF GHOSTS (primeiro LP americano), mas sei que passado algum tempo ele me vendeu o disco prá comprar outro, mais do agrado dele. Não que ele não tenha gostado, mas o estilo dele era (e acho que ainda é) mais para VAN MORRISON, BAD FINGER, THE BAND, etc do que progressivo.<br /><br /></div><div>Em todo o caso, fiquei com o LP e daí prá frente (apesar da falta de grana) corria atrás de tudo o que eles lançavam. O som “quase” delicado do rock progressivo italiano, sempre me agradou. Também pudera, eles são especialistas em uma vertente do rock progressivo mais “camerística” ou barroca. A fusão da música clássica no rock italiano não tem a grandiloqüência do progressivo inglês, formando uma categoria à parte. Não tenho notícia de um grupo de heavy metal italiano, mas... tudo é possível.O PFM começou no final da década de 60, com uma banda que fazia COVERS de sucessos americanos (chamada I QUELLI) que fez, por exemplo, uma versão de "RAIN AND TEARS", do APHRODITE’S CHILD (banda grega do VANGELIS). O único LP deles, foi lançado no Brasil (em 1970) e em CD na Itália há poucos anos. A VINYL MAGIC (www.itimpresa.mi.it/vinylmgc/) possui alguns compactos (lembram disso?) usados para venda. São raros e caros.<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUWQm7gq7MJU_RYqRozM7BhIZ_YauuuFVrw0cCNoYxmY3Cy0nazAyd3emVgdO3u_ff8M221jDZLscVkdPNnAQXetl01sOtiR_I0is3-_riuCoPHDRkO6bv-rnk26vTmVQP01I0_ZzWwb4/s400/Quelli1-viaa.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 100px; height: 100px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5487530713372185762" />Para o áudio, escolhi uma música que teve também uma versão em Português. O título original é LA POPÈE QUI FAIT NON que na versão do QUELLI virou <a href="http://rapidshare.com/files/403327232/B36-Quelli.ra">UNA BAMBOLINA CHE FA NO NO NO</a>. Não lembro quem gravou isso por aqui, mas é coisa do tempo da Jovem Guarda (Oops!!). O copyright indica o ano de 1966, o que me leva aos meus oito anos de idade, mas isso deve ter sido regravado aqui em 1967 ou 1968. O que me fez pensar: não era só aqui que se faziam músicas bobinhas...<br /><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL2JsvEliHOhEZO9-rNHqrQ8D01x_pZcB6tVh10TNdUDlfMNk59qHKy5Cagd9v_dQlof4-t0-waUBMlLHF-nRB209YQMH7FgeLH1ok3mUWrw7L50pj_pMl_OHGJ7eRDMqq3X62gjVrvR8/s400/Quelli2-bambol.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 100px; height: 98px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5487530719169548210" />QUELLI era um quarteto integrado por FRANCO MUSSIDA (guitarra e vocal), FRANZ DI CIOCCIO (bateria), FLAVIO PREMOLI (teclados) e GIORGIO PIAZZA (baixo). Na capa, aparece um quinto integrante, mas não tenho indicação de quem seja. Na Itália (e no mundo) nessa época, o sucesso estava atrelado a versões e “a um vocalista rebolativo que chamasse a atenção das fãs” (palavras do DI CICCIO), mas o I QUELLI era uma exceção. Estavam preocupados com o conteúdo musical do que tocavam (e não tinham um vocalista rebolativo). Como resultado disso, freqüentavam muitos estúdios de gravação acompanhando cantores como LUCIO BATTISTI, MINA, CELENTANO e FABRIZIO DE ANDRE. Além disso, eram chamados também para fazerem as gravações das bases de outras bandas italianas, como EQUIPE 84, DIK DIK e CAMALEONTI.<br /><br />Durante uma noite em um clube perto de BESCIA, um amigo de FRANZ falou de um músico que estava tocando flauta e violino mais para o rock do que o clássico. FRANZ interessou-se, mas não conseguia encontrar-se com MAURO PAGANI e conta que o contato telefônico entre eles foi assim: “Eu tenho cabelos longos, uma camisa branca e jeans velhos”, FRANZ perguntou: “Cabelo longo até os ombros, como Jesus Cristo?”. Apesar dessa ridícula conversa, na época usar cabelo longo era sinal de fazer parte da nova musica UNDERGROUND. Era o verão de 1969. Quando FRANZ o viu tocando no “I DALTON”, ficou claro que o queria tocando com eles. Continuavam fazendo as apresentações habituais, mas queriam mudar o repertório, o próprio gênero musical ao qual estavam presos e integrar MAURO na formação.<br /><br />O som do grupo começou a mudar lentamente. As músicas foram se tornando cada vez menos dançantes a medida que os solos foram ficando maiores. Buscaram material nas “novas” bandas: CHICAGO, KING CRIMSON, JETHRO TULL, EXCEPSION e FLOCK, com mais espaço para arranjos, virtuosismo e improvisação.<br /><br />Queriam uma completa separação do passado, do qual eram bem conhecidos, mas em um estilo completamente diferente. O nome tinha que ser bem diferente do que estava sendo usado na época, como nome de animais. Depois de uma manhã inteira imaginando hipóteses, saíram com dois nomes: ISOTTA FRASCHINI e FORNERIA MARCONI. A primeira uma marca de automóveis e a segunda A padaria. Mas a gravadora foi contra, dizendo que parecia mais o nome de uma fábrica do que de um grupo musical. Mas a idéia de uma fábrica com prestígio, parecia bons auspícios para alguém como eles que estavam acostumados a “fabricar” som para outros artistas. Quando optaram por FORNERIA MARCONI achavam que faltava algo. Um amigo e músico ALESSANDRO COLOMBINI, fez a sugestão de acrescentarem o PREMIATA, como forma de auto-gratificação e também de “certificar” a “qualidade” da “fábrica” (tudo com aspas mesmo). O nome ficou grande, mas a filosofia da banda era: “quanto mais difícil for lembrar o nome da banda, mais difícil será esquece-lo!”. (Virou moda nomes grandes de banda na Itália depois disso – Se alguém mencionar o LE ORME só prá me gozar, eu respondo com IL TRONO DEL MIRACULO, IL CAMPO DI MARTE e outros tantos que guardo “na manga”).<br /><br />Aqui a discografia do I QUELLI<br />Via Con Il Vento/ Ora Piangi - Compacto Dischi Ricordi (DR) SRL 10-409 .<br />Una Bambolina Che Fa No No No / Non Ci Saro' (I can let go) – Compacto DR SRL 10-443<br />Per Vivere Insieme (Happy tougeter) / La Ragazza Ta Ta Ta – Compacto DR SRL 10-459<br />Tornare Banbino (Hole in my shoe) / Questa Citta Senza Te - Compacto DR SRL 10-479<br />Mi Sentivo Strano / Dettato al Capello – Compacto DR SRL 10-502<br />Lacrime E Pioggia(Rain and tears) / Nuvole Gialle – CompactoDR SRL 10-525<br />Dietro al Sole / Quattro Pazzi – Compacto DR SRL 10-590<br />Quelli - LP DR SMRP 9053 (Itália, jul. 69)<br />LP ??? (Brasil, l970)<br />LP DR ORL 8185 (Itália, feb 78)<br />CD DR OR 8185 (Itália, 9?)<br /><br />Na próxima semana continuamos.<br />Valeu<br />T+<br /><br />Bibliografia<br />FRANZ DI CICCIO – Encarte da caixa “10 Anni Alive”<br />Arthur Mantovani – Rock Progressivo</div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-91762059425486986302009-09-15T00:52:00.004-03:002009-09-15T01:40:48.993-03:00Philippe Saisse (Valerian)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEWMZ5mwI3ssYWuXrZOWfPuE1FHkz9FtvRFlzDIs7Trn19QaOu1n2cQfmRwnaJYhyI4zS-jlZ46_SoC4EtgeqCOr4IyNvrIu4fJba9QObsenRd5ct4mbj1xqPomftF_4O8IFUctZg4JsQ/s1600-h/KM04_Valerian.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEWMZ5mwI3ssYWuXrZOWfPuE1FHkz9FtvRFlzDIs7Trn19QaOu1n2cQfmRwnaJYhyI4zS-jlZ46_SoC4EtgeqCOr4IyNvrIu4fJba9QObsenRd5ct4mbj1xqPomftF_4O8IFUctZg4JsQ/s400/KM04_Valerian.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5381541160126697298" /></a><div style="text-align: justify;">Eu prometi que iria escrever sobre esse disco, mas as coisas vão se enrolando e eu acabo deixando o blog meio de lado, mas vou tentar me corrigir, mesmo que não aprofunde muito no disco em si, o que importa é chamar a atenção para este tecladista frances há muitos anos vivendo nos EUA. Senhoras e senhores, com vocês <a href="http://www.philippesaisse.com/">Philippe Saisse</a>. Como muita coisa pode ser lida no próprio site dele, vou direto ao ponto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 1974 meu amigo Kallas me apresentou uma banda de jazz-rock (ou fusion, como queiram) chamada Return To Forever. Era a terceira encarnação da banda do tecladista Chick Corea sempre acompanhado do baixista Stanley Clarke, agora acompanhados pela bateria de Lenny White e a guitarra de Al Di Meola. Foi amor à primeira vista e tratei de ouvir tudo deles pra frente e pra trás, em grupo e em solo. Foi aí que descobri que o tecladista dos shows de Di Meola era essa tal de Saisse. Só fui ouvi-lo de verdade em Slendido Hotel, quando Di Meola gravou algumas faixas só com a banda de shows. Achei bacana, mas o que me marcou foi quando encontrei na finada loja Gramophone no centro do Rio, esse album aí de cima.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Era época dos LPs e como os atuais CDs, vinham lacrados. A diferença (ENORME) é que não se tinha a menor idéia do que se iria encontrar dentro do disco. Não havia Internet e a divulgação era no boca-a-boca, quando as bocas sabiam do que se tratava, o que não era o caso desse artista, um ilustre desconhecido para a maioria.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Comprei o LP e quando cheguei em casa, fiquei pasmo. Era bom gosto puro. Apesar de ser um disco do selo Windham Hill, não era (felizmente) um disco de new-age. Era apenas música, e das boas. Um piano sutil, discreto (e como disse) elegante, sintetizadores e um ou outro convidado, mas com um detalhe que me chamou a atenção: era gravado ao vivo. Eu ouvia e tentava entender. Como ao vivo? Tinha synth e piano ao mesmo tempo e Saisse era apenas um ser humano. Só que um ser humano acompanhado por um computador (ou vice versa).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesse momento eu tive o grande estalo, ou insight, como prefeririam os mais sofisticados. Era isso o que eu queria fazer, gravar um disco ao vivo com sequenciadores, um programa que permitia, de forma primitiva compadrando com hoje, gravar previamente certas partes e depois tocar junto enquanto gravava a matriz. Segui a idéia de Saisse e gravei Angel's Dream seguindo a idéia dele. Deu um trabalho medonho, porque não coloquei nenhuma edição nas partes de guitarra, que foram gravadas de uma vez só, sem picotes, recortes ou pausas. O resultado ficou aquém de Valerian, que é um disco que mantém-se atual 20 anos depois, mas era meu disco e feito do jeito que eu queria.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mês passado encontrei com Saisse por aqui e contei sobre como a música dele havia me influenciado. Gentilmente ele aceitou ouvir o "filho" de Valerian. Como você que lê esse blog já ouviu com certeza Angel's Dream, eu o convido a ouvir Valerian. Só há um pequeno problema, na Amazon (EUA) o disco está pela bagatela de US$55 (sabe-se lá porque). Recomendo então uma busca na Amazon UK, onde ele pode ser encontrado por E10 (onde está o ímbolo do Euro?). Talvez algum site como CD Universe ou lojas de discos usados tenham uma cópia dele. Meu conselho é: agarre-a.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Só pra fechar: Saisse tocou com tanta gente (de Bowie a B52) que a lista ficaria grande e desinteressante, mas vale dar uma olhada no site dele (naquele link ali de cima) pra ver a importancia dele na música.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bem, quebrado o jejum de escrita, espero retornar logo.</div><div style="text-align: justify;">Forte Abraço</div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-25694392763166509772009-03-17T17:29:00.002-03:002009-03-17T17:32:42.199-03:00Keith Emerson Band<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieOkoQCyKQNZ7JHqet27alFav7M69Rs6oJTvQr0aqw-Za1X5KWV8GjhagjdER0lnosOXacLnJFQxvxQguuOe_C4yipRks8upXNa6MIucNalBdKj9n4zOs2n3jSPw6ntiOQQQBiGBa-XgE/s1600-h/KM03+KeithEmersonBand.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5314257110560560194" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 309px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieOkoQCyKQNZ7JHqet27alFav7M69Rs6oJTvQr0aqw-Za1X5KWV8GjhagjdER0lnosOXacLnJFQxvxQguuOe_C4yipRks8upXNa6MIucNalBdKj9n4zOs2n3jSPw6ntiOQQQBiGBa-XgE/s320/KM03+KeithEmersonBand.jpg" border="0" /></a> (destacando Marc Bonilla)<br /><br />Eu tentei escapar de colocar outro disco do Keith Emerson na seqüência, mas apesar das minhas promessas, não consegui tempo pra colocar outras coisas interessantes que ando ouvindo, mas o maior motivo é que o KEITH EMERSON lançou um disco novo. Finalmente, depois de alguns anos tocando ao vivo com a KE Band – nome pouco original – ele lança um disco de estúdio. Mas o negócio é que o disco é bom demais. Esse disco é a prova irrefutável de que o grupo Emerson, Lake & Palmer é muito e somente Emerson. Legal, Lake tinha um vozeirão e o Palmer toca como poucos, mas o som, aquela coisa toda é dele. É, porque ainda está nesse senhor de sessenta e poucos anos de idade o vigor do velho e bom rock’n roll.<br /><br />Os primeiros segundos da primeira faixa mostram que o Mr Emerson não está pra brincadeira. Abre com o velho e bom piano à Ginastera pra pegar o Hammond logo em seguida. Está tudo ali. Todos os maneirismos a que estamos acostumados e (falo por mim) estava saudoso. Várias citações a antigas músicas dão um toque de familiaridade à faixa. Cabe uma ressalva: as primeiras faixas são bem curtas e assemelham-se a uma suíte. Quando a voz de Bonilla aparece na quarta faixa, é como um momento pra respirarmos. Mas isso passa logo e o andamento acelerado da faixa seguinte nos lembra quem é o dono da banda.<br /><div align="justify"><br />Na capa interna, Emerson toca um piano em chamas bem ao estilo de Jerry Lee Lewis. O disco é cheio de excessos. Todos os excessos que sempre gostamos no KE. Muitos órgãos Hammonds, pianos, sintetizadores e... Marc Bonilla cantando e tocando guitarra. Ele é velho conhecido do KE, já tendo tocado no álbum Changing States de 1995 e está com a banda desde 2006 touring band, mas ele já tocou com Glenn Hughes no disco The Way It Is de 1999, onde também tocou teclados; com David Coverdale; com Kevin Gilbert e participou do álbum tributo ao Emerson, Lake & Palmer Encores, Legends & Paradox (do selo Magna Carta Records, 1999). </div><div align="justify"><br />A voz de Bonilla está mais para John Wetton do que Greg Lake, o que não é nada mal. Não tem aqueles exageros do Lake (nos bons tempos) e dá conta muito bem do recado. </div><div align="justify"><br />O disco é um prato cheio pra qualquer fã do Keith Emerson. Parece os bons tempos do EL&P e não tem uma única faixa daquelas que dá vontade de pular. O álbum soa íntegro. Mesmo as músicas compostas só pelo Bonilla estão bem enquadradas no som do Keith. Pra ser chato, a última Parting quase soa como dispensável, mas é salva pelas guitarras do próprio e pelo piano do Mr Keith Emerson.</div><div align="justify"><br />O Keith Emerson Band é um quarteto formado pelos já citados acrescidos de Gregg Bissonette (que tocou com David Lee Roth, Joe Satriani, Santana e outros) e Bob Birch (músico de estúdio que tocou com Elton John), respectivamente bateria e baixo, mas que são substituídos em duas faixas por Travis Davis (baixista de Alice Cooper e de estúdio) e Joe Travers (baterista responsável por preservar as fitas e o trabalho de Frank Zappa). Ainda temos as participações especiais de Keith Wechtsler tocando “Jew’s harp” e Nathanial Bonilla (recorder) na última faixa.</div><div align="justify"><br />A KEB ao vivo conta com os seguintes músicos: Keith Emerson, Marc Bonilla, Travis Davis e Tony Pia (bateria), não que isso faça muita diferença, porque o disco é excelente como está.</div><div align="justify"><br />Ps1: quem visitar o site oficial do Keith Emerson, vai encontrar um disco chamado Boy’s Club com Keith Emerson, Glenn Hughes (vocais), Marc Bonilla (guitarra), Mike Wallace (guitarra), Bob Birch e Mick Mahan (baixos), Ed Roth (teclados) e Joe Travers (bateria). Com certeza algo que aguça a curiosidade.</div><div align="justify"><br />Ps2: Bitches Crystal no YouTube: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=j3uXQPeB9x8">http://www.youtube.com/watch?v=j3uXQPeB9x8</a></div></div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-61063745999157998952008-12-23T01:40:00.002-02:002008-12-23T01:45:23.970-02:00Keith Emerson – The Christmas Album<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXi-eVKj1ab3Loz_NBsskrqXsVG-Bop_Jd304obL9oV1zcXu-6catb_TklDIfZlQk7ehFalM57cLLZ33dAcofOjco12Y9PCa1f_vYg9YPru4d2jDkCjPrEB_cacArAqWg7ZFWpPuv2sW4/s1600-h/KeithEmersonXmasAlbum.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282825464785649938" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 312px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXi-eVKj1ab3Loz_NBsskrqXsVG-Bop_Jd304obL9oV1zcXu-6catb_TklDIfZlQk7ehFalM57cLLZ33dAcofOjco12Y9PCa1f_vYg9YPru4d2jDkCjPrEB_cacArAqWg7ZFWpPuv2sW4/s320/KeithEmersonXmasAlbum.jpg" border="0" /></a>Alguns anos atrás eu comecei a reunir álbuns de natal. Não sei bem como isso começou, mas achei interessante como certos músicos (re)interpretavam músicas mais do que conhecidas. Foi mais ou menos assim que cheguei nesse disco do Keith. Mais ou menos porque desde que o trio Emerson, Lake & Palmer deixou de produzir trabalhos inéditos, procurava por coisas dele. Isso foi em um tempo sem a internet, quando achar um álbum de qualquer um que não estivesse na parada de sucessos era um sofrimento. Mas isso é passado.<br /><br />A versão que comento aqui, tem 9 faixas e tem todo jeito de um bootleg. Foi lançado pela britânica AMP Records, mas isso não era estranho, porque sem uma grande gravadora por trás, os outros álbuns dele também foram lançado por pequenos selos.<br /><br />Como se pode esperar da maioria dos discos solo de tecladistas de rock, este conta com poucos convidados. <em>Frank Scully</em> é o baterista em “Silent Nights”, <em>Lês Moir</em> o baixista em “We three Kings” e alguns outros apenas na programação dos sintetizadores, todos tocados pelo próprio Keith, claro.<br /><br />O disco abre com variações para o tema tradicional “<em>O Little Town of Bethlehem</em>”. Boa e majestosa abertura. Todos os timbres característicos de Keith estão aqui, principalmente o virtuosístico solo de piano que alterna-se com os elemntos mais formais da canção e segue para um improviso mais jazzístico em (pseudo) trio com baixo e bateria, que destaca o andamento dessa valsa jazzística. “<em>We Three Kings</em>” é a segunda faixa, novamente com os timbres mais característicos de Keith. Nesse tema, dele e de Hopkins, destaca-se o baixo de <em>Lês Moir</em>, que com certeza foi escrito pelo tecladista, pois se parece muito com algo que ele tocaria. Um piano trio encerra em fade out a faixa, dando espaço para “<em>Snowman’s Land</em>”, do próprio Keith, com título sugerido pelo seu filho Damon. Peça pianística que por estar em um disco natalino, lembra o Natal, mas que poderia ser incluída em qualquer outro álbum. Como sempre, o toque orquestral dos diversos sintetizadores traz a marca do ELP. O Oratório de Natal de Bach, surge com sua “<em>Ária</em>” na quarta faixa e é bonito, como tudo que Bach fez, mesmo com a bateria eletrônica, que perdeu seu impacto com o passar dos anos. “<em>Captain Starship Chistmas</em>” já começa como uma boa promessa. Uma criança conta a história, um dos cantores do West Park School Choir. Nessa aqui a mixagem ficou muito estranha. Os sintetizadores solo ficaram muito baixos, para não embolarem com o coral, mas um pouco mais de trabalho na mesa de mixagem não era mal. Não sei se a outra versão desse álbum, com 12 faixas corrigiu esse e alguns outros problemas. A participação do coral é deliciosa e nem um pouco pieguas. Pecado do qual esse disco escapa por pouco. “I Saw Three Ships” tem ótimos timbres e uma introdução bem apropriada. O tema desenvolve-se de maneira regular sem muitas surpresas, mas aí está sua maior qualidade. Único pecado aqui é terminar mais uma vez em fade out, com o volume diminuindo aos poucos. “<em>Petites Litanies de Jesus</em>” de Gabriel Goroulez e arranjada por Keith é a sétima música. Bem suave, com um timbre não muito inovador, mas assim como Rick Wakeman, Keith não tem como característica timbres novos. Ele soa como Keith Emerson com naturalidade e a escolha das harmonias e vozes é o que nos faz sentir estarmos ouvindo um velho amigo contando suas histórias. “<em>It Came Upon a Midnight Clear</em>”, tema arranjado por Keith abre como uma pequena orquestra, com pizicatos, sinos e cordas para evoluir logo em seguida como um pequeno quarteto de cordas. Do meio para o fim, ao expor novamente o tema, as vozes se dividem pelo baixo e cordas. A última faixa é a conhecidíssima “<em>Silent Night</em>”, tocada ao piano no estilo “Keith Emerson toca Oscar Peterson” com a bateria do citado Scully e o coral The London Community Gospel. Uma tremenda covardia, porque as vozes e o tema são puro Natal. Em tempos de MP3 e downloads, essa seria a faixa pra baixar. Mas em tempos de MP3 e downloads, ela provavelmente seria creditada a outro e não ao Keith, pois ele está o mais “jazzy” possível, improvisando e brincando muito bem sobre o tema, em uma levada lenta, que propicia que o coral “chore”. O destaque aqui é pra evolução da voz solista (infelizmente não creditada) que aos poucos vai assumindo seu lugar à frente do coro, sem deixar o clima lento. Muito boa.<br /><br />Como a maioria dos discos de Natal que ando ouvindo, principalmente nessa época do ano, esse não tem muita unidade. Os temas são irregulares e as interpretações mais ou menos inspiradas, mas como todos esses discos, o que vale é ouvir seu artista favorito em um ambiente completamente diferente do que estamos acostumados.<br /><br />Só posso dizer uma coisa: Feliz Natal. </div><div align="justify">Nos vemos no próximo ano, por aqui mesmo ou por alguma publicação de papel pelas bancas.<br /><br />Tudo de bom pra todos.</div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-69688489119313962622008-10-23T15:44:00.002-02:002008-10-23T15:52:09.851-02:00Mary Fahl – From the dark side of the moon<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5260407118565339250" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxiGYiMrw2ZB9-JNNeZntdwbk86iwlbrBGBZaIl6zrhUU7X0rHXbsh4HV6zF9DDlCrpawpxse9fIPLBCLmi5N74tjfT79dmY4LwdO8nYi1n2CNGbCxYbVvnaXbA1ryAQc2yb2jHKtaspQ/s320/DarSideOfTheMoon1.jpg" border="0" /><br /><div align="justify"> A capa aí de cima é conhecida de todo mundo. Não tenho medo nessa afirmação porque é um dos discos mais manjados já lançado. A “novidade” (entre aspas mesmo porque já rola por algum tempo aqui na rede) é uma cantora ter a ousadia de fazer um cover deste clássico. Acabando com o suspense, vou hoje comentar sobre um disco não lançado.</div><div align="justify"><br /> Cover é uma palavra que me causa alguns arrepios. Não gosto quando fazem recriações perfeitas, cópias exatas. Gosto das inexatas e mais, não vejo sentido em um artista não interpretar à sua maneira uma obra. Claro que o público em geral gosta e se o público gosta, sempre há um artista disposto a dar o que o público quer. Felizmente não foi o caso da Mary.</div><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5260407125377123538" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 233px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5EtkcD5rJIIwl2YOd7mjEW0_HV1rWSgwMDzbAnxbfyQizkkwT4bA5QL5AK0N0vlGGWHGioxq09dfy2Y7T3pFHEgGud2bMrEgkSSocSb7HwtrQTI0g8Vjo0b-6YUXifuE0P_BrB-GN4f0/s320/MaryFahl4.jpg" border="0" /> <p align="justify">Em uma pesquisa que você mesmo pode fazer você vai encontrar o seguinte: “Depois de dois discos solo (um EP e um CD completo) abaixo de sua capacidade, a vocalista Mary Fahl, na minha opinião, a alma do OP, estava mais perdida que pum em bombacha. A única coisa que tinha como certa é que queria um repertório mais forte, que trouxesse paixão e grandiosidade. Seu empresário, Steven Saporta, entrou em contato com o produtor David Warner com a idéia de fazer um disco de covers, mas Warner teve uma idéia mais ousada: reinterpretar um único disco clássico, do começo ao fim. O projeto, desafiador por si só, ganhou um peso ainda maior quando Warner e Fahl escolheram o disco a ser recriado, nada menos que <strong>The Dark Side Of The Moon</strong>, a obra máxima do Pink Floyd, que passou nada menos que 14 anos consecutivos na lista de 200 discos mais vendidos da Billboard e é o quinto disco mais vendido de todos os tempos. A princípio, Mary assustou-se com a ambição do produtor: “Ele (o disco) é como o Cálice Sagrado, uma obra de arte danada de boa, muito mais que o produto de uma época” - declarou.”<br /></p><div align="justify"> <img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5260407128338800978" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 188px; CURSOR: hand; HEIGHT: 180px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJZ15Fj43Txy5o0ktNb7AbtCTzoty1Wwmnl0TwbnzSyvtz1xLXHHzyxJUTmzjt7LdTq1lB4qGXsuUy0yf0BioB3G1poZqk6LGfE5fdLPRBk-xc3qmFovWosEJJ4o_B-BrasvJ9y7c1CWs/s320/mixthis003.jpg" border="0" />Dito isso, você está situado na história do disco, então vamos nos aprofundar mais um pouco. O trabalho é totalmente inesperado, principalmente por ser fruto de 3 pessoas: a cantora Mary Fahl, o produtor David Warner e o guitarrista e tecladista Mark Doyle. Contam por aí que os três compartilhavam certa desilusão com os caminhos da música pop e profunda admiração pelo disco do Floyd. Eles entraram no estúdio de Doyle para gravar "<strong><em>Us And Them</em></strong>" e o resultado inicial foi tão bom que resolveram iniciar o projeto.<br /><br />O que tem de interessante nessa recriação é que fica longe dos covers “Xerox” habituais. Acho que é difícil imaginar como o disco de uma cantora, acompanhada por um só músico pode mostrar o talento dela, não desrespeitar as músicas que todos conhecem e ficar bom, principalmente um disco que é metade instrumental. Doyle teve uma saída genial. Ele transformou a voz de Mary em mais um instrumento. Lembram do solo de voz (que sempre menciono como o orgasmo mais longo já gravado em disco) em "<strong><em>The Great Gig In The Sky</em></strong>" com a impressionante Clare Torry? Pois é, não dava pra copiar aquilo nota por nota. Ao invés disso optaram por algo que se assemelha a um lamento xamânico. Realmente é difícil de imaginar, mas aí reside toda a sabedoria e beleza desse disco. Como Werner explica: “<em>Nenhum de nós estava interessado em simplesmente fazer boas versões de grandes músicas. Existem bandas tributo do Pink Floyd pra isso, mas se nós conseguíssemos reinventar a intenção por nós mesmos, então teríamos a chance de redescobrir alguma coisa que pudesse ter nova vida por si só</em>”.<br /><br />“<strong><em>Speak to me</em></strong>” começa com a percussão fazendo as batidas do coração e a voz de Mary em várias camadas reproduzindo o original e preparando a entrada de “<strong><em>Breathe</em></strong>”. Entra então ótima guitarras de Doyle, e a característica frase original de Gilmour preparando um clima dark a entrada do vozeirão característico de Mary, que canta inicialmente sem acompanhamento. A música ganhou muito, ao ser despida da instrumentação original, com a bela melodia original ficando bem destacada. “<strong><em>On The Run</em></strong>” abre com um vocalize de Mary brincando no estéreo e uma figura repetida de guitarra, seguida de efeitos, como uma guitarra invertida e um baixão sintetizado bem diferente, além de piano e bateria. Cá entre nós, mais interessante do que a original. Aí aparecem os diversos “despertadores” que anunciam “<strong><em>Time</em></strong>”. Um clima etéreo aparece em oposição ao que havia sido ouvido até então. O baixo de Waters é de certa forma recriado. Quando entra Mary, sua voz tem é muito mais um lamento do que a voz original e angelical de Gilmour. Sem desrespeitar o original, a voz dá espaço a um lindo solo de guitarras (são pelo menos três), pra depois retornar à melodia cantada, com backings do próprio Doyle. Em seguida vem a já comentada “<strong><em>The Great Gig In The Sky</em></strong>”, cujo grande mérito é afastar-se da original no que ela tinha de mais marcante, o solo de voz. Grande expectativa pra essa faixa e não é nem um pouco decepcionante, pelo contrário. Estamos certos então de estarmos ouvindo uma recriação de um clássico. Exatamente por isso as percussões orientais não surpreendem quando iniciam “<strong><em>Money</em></strong>”. Mary confere um tom jocoso à sua voz e fica incrivelmente interessante com o que Doyle faz por trás: uma incrível cortina de guitarras e uma interessante harm&onica solo. “Us and Them” que como você já sabe foi a primeira gravada e por muitos anos a minha favorita, é lenta. Um violão dá dicas da melodia. Aqui novamente Mary canta praticamente à capela e outra vez a melodia ganha com isso. Essa música aqui perdeu aquele clima de baladinha que escondia o grande tema que ela realmente é. O solo de sax original foi substituído por um lindo vocalize de Mary, que canta um pouco além do seu registro mais confortável. “<strong><em>Any Colour You Like</em></strong>” se beneficia da capacidade de Doyle em criar climas a partir de poucas notas, que é o que ele faz ao piano elétrico aqui. Muitas vozes de Mary se sucedem em camadas até um refrão onde as vozes foram visivelmente trabalhadas em estúdio. Tudo isso quase que como uma introdução para a incrivelmente simples “<strong><em>Brain Damage</em></strong>”. Sempre toquei essa música mais de uma vez, mesmo nos tempos do LP, mas aqui dá pra ouvi-la muitas vezes. Está excepcional. Não teve grandes mudanças, mas a voz de Mary transmite uma dor que com certeza estava nos planos de Roger Waters, mas inexistente no álbum original por conta das limitações vocais do que compositor. “<strong><em>Eclipse</em></strong>” já abre chorando. Doyle se encarrega de “chorar” na guitarra. Mary começa a recitar a letra, com sua voz duplicada em camadas. Instrumentação aparentemente simples e clássica: guitarra, baixo, bateria e cordas. Nas cordas é que reside o sutil truque, ao traçar uma segunda melodia.<br /><br />Quando acabei de ouvir esse disco, não sabia o que dizer. Havia um misto de muitas emoções. Se “<strong><em>Dark Side Of The Moon</em></strong>” é um cálice sagrado, como a própria Mary se referiu, o que ela e seus dois parceiros conseguiram fazer aqui traça uma linha divisória definitiva. Todos os outros tributos que já ouvi, inclusive um ótimo, integralmente feito só por vozes, mostraram-se muito aquém deste aqui. Se eu tinha um turbilhão de emoções e a sensação de estar ouvindo DSOTM pela primeira vez, havia uma pergunta: porque algo tão incrível não foi lançado oficialmente?<br /><br />Posso imaginar muita coisa, mas a verdade é mais prosaica. A gravadora original sucumbiu em um processo de reestruturação e abandonou o projeto. O empresário de Mary e todos os envolvidos estão se esforçando para achar outro selo pra lançar esse disco fantástico. Eu espero sinceramente que consigam.<br /><br /><span style="font-size:85%;">Você pode achar mais informações aqui:<br /><a href="http://www.markdoyle.com/dsotm.html">http://www.markdoyle.com/dsotm.html</a><br /><a href="http://www.maryfahl.com/">http://www.maryfahl.com</a></span></div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-11918738536096618382008-09-12T16:09:00.001-03:002008-09-12T16:11:07.003-03:00TEMPUS FUGIT – Chessboard<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZQRjktjHbpqk3DGrAW_O4RWLWe-_bvVBttwL3m5Sy_7JtGVV8C4ZcTLo1dSPT93mTMsF_Lyjtsc_STuf8CZp1Q6hNhVXhRimIcCOAe5ju8ZzB_h7m7dM8EJQs5MvnWN1g-gCJiOwLKLM/s1600-h/TA-35+TempusFugit-Chessboard.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5245214366638990482" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZQRjktjHbpqk3DGrAW_O4RWLWe-_bvVBttwL3m5Sy_7JtGVV8C4ZcTLo1dSPT93mTMsF_Lyjtsc_STuf8CZp1Q6hNhVXhRimIcCOAe5ju8ZzB_h7m7dM8EJQs5MvnWN1g-gCJiOwLKLM/s320/TA-35+TempusFugit-Chessboard.jpg" border="0" /></a> Um novo disco do Tempus Fugit é sempre recebido com expectativas. Tudo começa com a bela arte gráfica de Bernard, atual e enquadrada no contexto do álbum, mas depois ou enquanto, nos deliciamos com o visual, colocamos o CD e logo uma explosão acontece. Uma cortina de sintetizadores, à la Vangelis/Moraz, abre o disco. Uma frase do baixo anuncia a parte II de “Pontos de Fuga” e a participação efetiva do quarteto. A gravação está excelente. Ponto pra Anderson Costa e Luiz Tornaghi, respectivamente Engenheiro de Som e responsável pela masterização. “Ponto de Fuga” é a música exata pra abrir o CD, mostrando uma boa pegada da banda e essa “pegada” continua em “Unfair World”, que traz um clima diferente, um pouco mais suave, mas a guitarra de Henrique Simões não deixa a música se perder. Aparentemente ele e Ary Moura (bateria) são os responsáveis por puxar a música pra cima, mas é impossível deixar de comentar que o baixo de André Ribeiro mantem-se honradamente ao fundo, sem perturbar ou distrair, funcionando como boa ancora do todo. Essa é uma das músicas cantadas do disco, mas não se deixe abalar, a qualidade instrumental é tão boa que você não vai exigir mais deles. Supertramp nunca teve um grande vocalista e era ótimo. Mas o excelente tecladista, não é um mal cantor. O vocal é correto e talvez aí esteja o detalhe. Eles esbanjam técnica e intimidade nos instrumentos, mas falta (ou fez falta) um vocal com mais personalidade, não aqueles vocais femininos operísticos que estão em moda. O som do Tempus Fugit pede algo bem próximo do que eles tem e pensando bem, é melhor deixar como está. Henrique dá belas choradas com sua guitarra aqui, onde aparece o discreto violão de André Ribeiro. Algumas passagens em uníssono de piano e guitarra, principalmente os compassos finais, são memoráveis. “Only to be with you” já começa com andamento acelerado, sem dar descanso aos músicos. Como sempre, bons solos de uma guitarra bem timbrada e de um Moog afinado (oops, André avisa na capa que o Moog estava “doente”, portanto alguém bem parecido tomou seu lugar). O clima muda para a entrada dos vocais e logo a guitarra puxa tudo pra cima novamente, não deixando o romance ficar nem adocicado nem enjoativo. Essa faixa tem 10m e não é a maior. Num contexto assim, seria fácil perder o rumo, mas não acontece. O solo de baixo, perto do fim, foi uma maneira bem interessante de mostrar isso.<br /><br />Lá fui eu falar de vocais femininos lá em cima e “The Princess” começa praticamente com a bela voz de Mirna Bertling. Sou forçado a discordar de mim mesmo e dizer que a voz ficou muito boa. Quando junto com a de André, o resultado é melhor ainda. Por falar em resultados diferentes, não se percebe a alteração dos músicos que houve nestas duas faixas, salvo pelo solo de guitarra em “Tears from the Sky” que está mais sujo, no bom sentido. O responsável é José R. Crivanho (do Quaterna Réqueim)que assumiu a guitarra nesta faixa. O baixo foi para Pedro Perz e Henrique Simões ficou com o violão, fazendo um interessante solo na primeira parte.<br /><br />“Chessboard” (a música) traz os membros originais aos seus postos e um tema quase italiano, de tarantela, com uma guitarra bem pesada. Não chega a ser, mas é quase como o cruzamento do PFM com o Sepultura. Podemos ouvir então mais um convidado, o cantor Fernando Sierpe. Nem preciso falar, porque é melhor ouvir, mas Fernando, Nirma e André juntos chegam bem perto da perfeição. Chama muita atenção a variedade de timbres da banda. André Mello é um conhecido mestre de bom gosto no que se refere aos timbres dos seus teclados, as é raro uma banda em que todos variam e sabem fazer bom uso das sonoridades dos seus instrumentos. Isso fica bem claro quando o disco vai se aproximando do final e o clima entre todos os instrumentos é de total harmonia. Os quatro comungam os ideais da deusa Música.<br /><br />Tempus Fugit é pra quem gosta de tudo. Tem de tudo do bom e do melhor. Tecladistas vão se esbaldar, guitarristas vão se fartar, baixistas se deliciar e bateristas aproveitar as levadas de André M., André R., Henrique, Ari & cia. Eu por aqui só posso ficar de pé e aplaudir.<br /><br /></div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-29556240636426601542008-09-12T16:07:00.004-03:002008-10-23T15:58:52.357-02:00Rick Wakeman – Out There...<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha1UhN8ghTMuFXNOcThaNZkqteo57Us-SjsT62E-qVD8BHzzfV1bYuMuDDt0drVcz9sQigY1q8Po9dWJO3EUs69f6QQB1R7DrOyIC_0Zg3TGLeUirNpgbLKYylN7olmWPQWIDnsK0w3oo/s1600-h/TA-34+RickWakemantheOutThere.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5245213775456904322" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha1UhN8ghTMuFXNOcThaNZkqteo57Us-SjsT62E-qVD8BHzzfV1bYuMuDDt0drVcz9sQigY1q8Po9dWJO3EUs69f6QQB1R7DrOyIC_0Zg3TGLeUirNpgbLKYylN7olmWPQWIDnsK0w3oo/s320/TA-34+RickWakemantheOutThere.jpg" border="0" /></a> Rick Wakeman é uma referência para qualquer tecladista. Chamado por alguns de “mago dos teclados”, é na verdade um tecladista com formação clássica que no início dos anos 70 aventurou-se pelo rock com grande sucesso. Sua participação no grupo YES foi decisiva para o som sinfônico que eles buscavam. Em uma entrevista revelou que sua função na banda era “apenas embelezar as músicas” dos outros. Declaração modesta e verdadeira. Como tecladista de apoio é um dos melhores, mas a maioria dos seus discos solo acaba decepcionando. Sua estréia com o instrumental “Six Wives...” chamou a atenção para o até então jovem e desconhecido, tecladista do YES. Seu projeto seguinte “Journey to the Center of the Earth” fez mais sucesso, unindo uma orquestra sinfônica e um coral a um grupo de rock, mas as melodias e as letras deixavam a desejar. “King Arthur” seguia a mesma fórmula, mas as melodias e letras estavam mais entrosadas e apesar de não ter feito o mesmo sucesso, musicalmente é superior ao segundo. Quando ele lançou “No Earthly Connection” houve um grande alarido dos fãs que sentiram falta da orquestra e praticamente da megalomania dos dois projetos anteriores, mas a música se sustentou. Vou parar aqui e dar um salto pra 2007 com o disco em questão: “Out There (In Space)”.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Depois de muitos álbuns irregulares, alguns gravados apenas por questões contratuais e de uma “fase new-age” que ele mesmo não reconhece (“Colocaram um piano no palco, os gravadores embaixo e me disseram pra tocar”) ele ressurge com um álbum atual e moderno, mas com todas as características que se espera de um disco de um tecladista. Com as características de um disco do Rick Wakeman. Como o “No Earthly” o tema é a música e o espaço, um hobby que ele cultiva com ajuda de amigos na NASA. A principal diferença deste álbum para qualquer outro dele está na sonoridade da guitarra de ANT GLYNNE. Na bateria está o parceiro de longa data TONY FERNANDES, que tem uma pegada atual e mostra-se mais versátil do que nunca. Para os vocais foi chamado DAMIAN WILSON e no baixo LEE POMEROY. Esta é a nova formação do ENGLISH ROCK ENSEMBLE.</div><div align="justify"></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Parece que após os álbuns RETRO (Vol. 1 e 2), Rick descobriu o prazer de tocar e a não ter vergonha dos timbres característicos de seu MINI-MOOG. O disco foi lançado em duas versões. Uma, com a capa vermelha com seis faixas e outra, de capa azul, com nove faixas. A músicas é vigorosa e os momentos contemplativos são mínimos e bem colocados. Para um ouvinte desavisado, pode até parecer um álbum de uma banda como DREAM THEATER ou similar com um tecladista que soa como RW. Mas após algumas audições o álbum cresce de tal maneira que é fácil percebe-lo como um dos melhores da extensa discografia de RW, mesmo sem a orquestra sinfônica, mas repleto de solos de guitarra, MINI-MOOG e órgãos. Altamente recomendado a todos que gostam de boa música.</div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-44076125563099284332008-03-14T20:00:00.005-03:002008-03-14T20:11:09.310-03:00HAPPY THE MAN – The Muse Awakens<div style="text-align: justify; font-family: georgia;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirAhjxbxxI09bc71ZRcTha0WBQL2YujG3e3ArhKW1HzabjyY3BUDNHmctOAgPsoiHjbNFFDyQvbSNZeUFn22atCt3t_jyX6MPQGL780rdeTBO2NXoLjjFnE8KS7bNXjxPNFAx8KETwAJA/s1600-h/TA-33+HappyTheMan.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirAhjxbxxI09bc71ZRcTha0WBQL2YujG3e3ArhKW1HzabjyY3BUDNHmctOAgPsoiHjbNFFDyQvbSNZeUFn22atCt3t_jyX6MPQGL780rdeTBO2NXoLjjFnE8KS7bNXjxPNFAx8KETwAJA/s320/TA-33+HappyTheMan.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5177736854853715346" border="0" /></a><span style="font-size:100%;"><span style="color:black;">A banda HTM foi criada nos anos 70 em pleno furacão dos movimentos ART-ROCK, FUSION e progressivo. Ela tornou-se uma lenda mesmo com apenas dois discos lançados oficialmente porque dentre outras coisas, o tempo mostrou que sua música era mais do que um furacão passageiro ou um modismo. O site do grupo descreve sua música como além deste mundo. Não iria tão longe. Diria que a banda é sincera o suficiente pra fazer aquilo que gosta de modo convincente. “The Muse Awakens” é o álbum de retorno após longos 25 anos de ausência. Várias bandas retornaram nos últimos tempos mais como uma pálida sombra do que eram nos tempos de glória, mas não é isso o que se ouve nesse disco.<br /><br /><span style="display: none;">ladeado pelo baixo Rick Kennell, que pode nno nas armadilhas inaudteclado dobrando o a quase jazzui parece estar em casa. </span>As composições são todas muito interessantes e a execução dos cinco integrantes, primorosa. “Contemporanity Insanity” que é abre o disco é uma excelente amostra da capacidade deles. Composta pelo tecladista David Rosenthal, não é de se estranhar que destaque os teclados. Com uma divisão interessante e tipicamente fusion, tem ótimos solos não só do compositor ao Moog, mas do guitarrista Stanley Whitaker. A faixa título, a segunda do disco, acalma um pouco as coisas. Composta por Whitaker tem a ótima presença do sax de Frank Wyatt expondo a melodia entremeada com toques do sintetizador de Rosenthal, levemente parecido com o trabalho de Lyle Mays no Pat Metheny Group. A música caminha em um suave crescendo que funciona pra banda mostrar como trabalha sua dinâmica.<br /><br />“Stepping Through Time”, de Wyatt muda um pouco a sonoridade do grupo graças à flauta do compositor, mas logo o Moog reaparece com sua (hoje) majestade. Rosenthal consegue lembrar todos os tecladistas clássicos do progressivo sem se parecer com nenhum deles. Aqui a guitarra de Whitaker faz um dos melhores solos do disco. As divisões e andamentos se alternam como sugere o título, mas como seu (então) contemporâneo Gênesis, sem chamar atenção pra isso. Mesmo sem ser um dos integrantes originais da banda, Rosenthal tem largo espaço pra trabalhar. Não lhe falta experiência, já que trabalhou com artistas como Billy Joel, Robert Palmer, Rainbow e Steve Vai dentre outros, aqui parece estar em casa. Prova disso é a bonita “Maui Sunset”, onde ele deixa seus companheiros exporem o tema, primeiro a flauta depois uma guitarra quase jazzística, enquanto ele faz um belo acompanhamento ao piano e uma lindíssima cama de cordas. “Lunch at Psycodelicatessen” de Whitaker abre com uma figura rítmica na guitarra pra lá de desconcertante e prossegue assim por todo o tempo com o sax e teclado dobrando o tema e avançando cada vez mais até aproximar-se de um experimentalismo sem cair nas armadilhas inaudíveis do mesmo. Fecha com algumas surpresas, mas é melhor ouvindo do que lendo.<br /><br />“Slipstream” é outro tema de Wyatt e abre com um belo piano ladeado pelo baixo Rick Kennell, que pode não se destacar como solista mas cuja presença garante uma cozinha de excelente qualidade junto com o outro novato além de Rosenthal, o baterista Joe Bergamini. "Barking Spiders" retorna ao clima mais fusion e mostra exatamente o entrosamento da cozinha com brakes e mudanças de andamento surpreendentes. "Adrift" é quase uma bossa-nova e retorna a banda a mais uma balada com Wyatt agora no sax tenor. "Shadowlites" é a única música cantada do disco e tem um toque progressivo típico das baladas dos anos 70. Whitaker não faz feio nos vocais, até porque ele sabe não ter a voz de um Greg Lake ou Jon Wetton. "Kindred Spirits" abre com o piano elétrico do autor, que vai aos poucos recebendo o acréscimo dos outros membros, mas é uma das músicas mais lineares do disco. Pra fechar, "Il Quinto Mare" retoma o entusiasmo da abertura e de "Barking Spiders", com toda a atmosfera progressiva que os fãs mais gostam.O ritmo bem marcado da bateria forte, a guitarra distorcida e a grandiloqüência (sem pejorativos, por favor) dos teclados, com Rosenthal fazendo mais um de seus ótimos solos com um timbre totalmente original. O disco é uma grata surpresa ao mostrar que "reunions" podem ser surpreendentes pelo talento e não pelo aspecto "circense" ou “geriátrico”. Álbum altamente recomendado não só a tecladistas, que podem apreciar o trabalho de Rosenthal sem mais ninguém à sua frente, mas também aos que gostam de boa música.</span></span></div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-25110135681228973042008-03-14T19:55:00.006-03:002008-03-14T20:13:13.694-03:00CHICK COREA e BELA FLECK – The Enchantment<div style="text-align: justify;"><a style="font-family: georgia;" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS5r7o6u1rqX7FWhvF47_LmdYiW5IPcHm5uEi2Q5Il0rFDZMg0nN1U43mp3TfN012F-P_-2IBI7Q3NpjAYDboSr3sbg24ytP_nV-RbOwWmTS3ZLTL0SXHJp0WxuhC5pfPWM4ec5VHW2S8/s1600-h/TA-32+Chick%2BFleck.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS5r7o6u1rqX7FWhvF47_LmdYiW5IPcHm5uEi2Q5Il0rFDZMg0nN1U43mp3TfN012F-P_-2IBI7Q3NpjAYDboSr3sbg24ytP_nV-RbOwWmTS3ZLTL0SXHJp0WxuhC5pfPWM4ec5VHW2S8/s320/TA-32+Chick%2BFleck.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5177737718142141858" border="0" /></a><span style="font-size:100%;"><span lang="EN-US">Chick Corea é um talentoso e prolixo músico. Sabe como poucos estar em vários estilos e formatos, praticamente sabe estar em vários lugares ao mesmo tempo. Não é surpresa que ele apareça compartilhando um disco com o banjoísta Bela Fleck, afinal Bela é que flerta com o Jazz desde seus primeiros discos com os Flecktones. Corea já tinha participado de um disco solo de Fleck, portanto parece mesmo algo natural. Talvez surpreendente mesmo seja o duo de piano e banjo.<br /><br />Fleck é um excelente músico e sua discografia está aí pra provar, mas daí a se aventurar justamente com um ícone do jazz e do fusion como Corea é outra história. Ou não? Bem, o repertório divide-se entre composições dos dois músicos e uma surpresa. “Señorita” que abre o disco, mostra a integração e até semelhanças entre os dois músicos. O tema de Corea é mais uma de suas rendições aos ritmos latinos. As frases em uníssonos dos dois funcionam muito bem. “Spectacle” de Fleck, coloca o autor como coadjuvante, com Corea expondo o tema antes do improviso de Fleck, com algumas citações brasileiras já que o banjo em alguns momentos parece muito com o nosso cavaquinho, mas acho que apesar de haver um título brasileiro no repertório pode ter sido mera coincidência.<br /><br />Em “Joban Dna Nopia” de Corea, ele começa no registro médio e grave do piano. A surpresa é de como Fleck vai conseguir encaixar seu limitado instrumento. Fica certa lacuna. Paco de Lucia se sairia melhor com seu violão, mas Fleck consegue, com seu virtuosismo, sair das ciladas que o banjo arma pra ele. Nos momentos em Corea sola, o banjo parece-se soar mais como um cravo. Curioso do instrumento é a pouca dinâmica, tal como o citado cravo. A saída é a velocidade da execução e a quantidade de notas que o músico deve executar. “Mountain” é um bluegrass típico de Fleck. Os papéis se invertem e a pergunta passa a ser como Corea irá incluir seu piano, mas sendo quem é, bastam as primeiras notas pra se perceber que não há caminho por onde ele não possa aventurar-se. Isso fica mais claro quando se houve a versão de “Childrem’s Song #6”, música que Corea já executou com sua banda Return To Forever, o vibrafonista Gary Burton e em piano solo. Inspirada por Béla Bártok, favorece um bonito contraponto entre os dois instrumentos e propicia que Fleck improvise melhor do que nunca. Esse é um daqueles inesgotáveis clássicos que todo compositor persegue.<br /><br />Os temas “A Strange Romance”, “Menagerie” e “Waltse for Abby” mostram a versatilidade do compositor Bela Fleck. A primeira com inspiração clássica, a segunda com um toque latino e novamente certo sotaque brasileiro e a terceira definitivamente comprovando que ele pode muito mais do que o instrumento que escolheu. Um tema que poderia ter saído da mente de qualquer grande baladista jazzístico, ou mesmo do próprio Corea. Depois disso aparece “Brasil”, a surpresa que mencionei no início e que é a versão deles para a nossa “Aquarela do Brasil”. Não há indicação no encarte de quem teve a idéia de incluí-la no repertório, mas, com esses dois, tudo é possível. Infelizmente, aqui Fleck tropeça. Sua participação fica muito aquém do esperado. Sua primeira exposição da melodia é feita de forma simples e só quando a repete, deixa entrever o que poderia ter feito, mas não fez. A culpa não é dele, mas nossa, por termos excelentes músicos que já a interpretaram de maneira genial, como o mestre Jacob do Bandolim. Corea ao contrário deixa passar o que poderia ser esse tema em piano solo. Fica devendo. Na faixa título, Fleck dobra a melodia com Corea e o banjo soa um pouco como um bandolim, talvez resquícios da faixa anterior. Fleck faz um bom solo mas também fica devendo. Em “Sunset Road” Fleck apaga parte dessa dívida, por ter composto o tema, que é um bom veículo pra Corea. Mas qual não é? <span style=""> </span>O improviso de Fleck quase empata o jogo. Suas escalas fogem do lugar comum, ainda mais em se tratando de um banjo.<br /><br />Este não é um álbum pra qualquer um. Os fãs do Corea jazzístico ou fusion podem ficar frustrados, mas os que querem o desbravador que fez “The Leprechaun” e “Mad Hatter</span></span><span style="font-size:100%;">” saberão apreciar. Aos que querem conhecer do que Fleck é capaz, talvez a melhor indicação seja um dos seus discos com os Flecktones. Seja como for são dois instrumentistas de respeito em um encontro que se não tem o encantamento proposto pelo título, nos dá a certeza de que boa música pode vir dos mais inusitados encontros.</span><o:p></o:p></div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-91911917041205376952008-03-14T19:54:00.003-03:002008-03-14T20:14:39.150-03:00McCoy Tyner – Horizon<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0ykb7czGLRZePhMzNtdo2Lrp4BZIwwEZgMgeYEdaF7FpUus_YS4ZtolT_XKJ8Ayrj-SLY8pZJTeIbRn4vJtx-O3Buip5YN_diBZVHT57zSBrY_ksb8NBnA_4KLdg2hFMIXuR42KEMRYA/s1600-h/TA-31+McCoyTynerHORIZON.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0ykb7czGLRZePhMzNtdo2Lrp4BZIwwEZgMgeYEdaF7FpUus_YS4ZtolT_XKJ8Ayrj-SLY8pZJTeIbRn4vJtx-O3Buip5YN_diBZVHT57zSBrY_ksb8NBnA_4KLdg2hFMIXuR42KEMRYA/s320/TA-31+McCoyTynerHORIZON.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5177734788974445938" border="0" /></a> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;">McCoy </span>Tyner é um grande pianista que dispensa apresentações. Todos os seus álbuns são ótimos, mas esse em particular me traz grandes lembranças. A maior delas foi a de ter descoberto o violinista John Blake exatamente aqui. Entretanto, esse é um disco singular por muitos motivos. As composições de Tyner aqui tem um desenvolvimento um pouco diferente. Peguemos por exemplo a faixa de abertura. Horizon possui uma cadência forte e acentuada, repleta de sincopadas do piano do líder e ótimos solos de Joe Ford no sax alto e de John Blake no violino. Apesar da levada jazzística e da condução soberba de Al Foster na bateria, os improvisos sobre uma das figuras rítmicas do tema não era muito característicos dos discos de Tyner. Apesar do timbre do violino de Blake lembrar o de outro grande violinista, o francês Jean Luc Ponty, seu som é um pouco mais “sujo” sem se valer de recursos eletrônicos. Guilherme Franco também está presente com um curto solo de congas. O tema é de colar no ouvido e de se ficar assobiando, magistralmente exposto pelo líder e Blake, com acentuações dos metais integrados por George Adams Além do já citado Ford.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">"Woman of Tomorrow", a segunda faixa abre com Tyner seguido por Blake na exposição do tema. Aqui o violino é daqueles “de chorar”, lembrando as melodias de Piazzola. Após a dramática abertura, Blake interpõe improvisos ao tema acompanhado por Ford e Adams nas flautas. Em Motherland destaca-se o baixo de Charles Fambourgh que começa sozinho aparentemente mostrando o tema, mas que na verdade é apenas uma cadência para os solos dos companheiros. Tyner faz o último solo em uma faixa repleta de energia. Uma rumba em levada rápida seria One For Honor. Pelo menos ela começa assim, novamente com o baixo de Charles. O tempo rápido é tudo o que Tyner precisa pra improvisar. Como aqui há só o trio piano baixo e bateria, fica fácil perceber a independência entre as mãos de Tyner, dando aquela gostosa sensação de dois pianos. Just Feelin’ é a última (no LP original) e poderia ser apenas “sentimento”, mas há muita técnica envolvida aqui, tanto na maestria de Tyner quanto no sax de Adams. O CD traz uma faixa bônus. Uma versão alternativa de Horizon. O disco foi magistralmente produzido por Orrin Keepnews, que revela no encarte alguns detalhes de como funcionava seu pequeno selo nos idos anos 70. Entre outras coisas, descobrimos que não há mais faixas extras porque as músicas foram gravadas direto, em apenas uma tomada. Muito, mas muito diferente<span style=""> </span>dos discos superproduzidos e repletos de overdubs de outros artistas, até mesmo jazzísticos. Horizon tem quase 30 anos mas poderia muito bem ter sido produzido no mês passado ou no ano que vem. Mais atual impossível.</span></p></div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-63786248149566564992008-03-14T19:52:00.004-03:002010-08-25T02:35:30.878-03:00Trace – Rick Van Der Linden<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbLeKCIpSZadSiPrZvWbPqrWCFT542YlHA7S9-w2K5hem8oASKhS9Bcyjb4r9tNI4u-2JpClGRKvtku0pE3cOdCxcb4cr67RFePBi1ivNLQz_E2nudRXphpKc_1hliFLUJEa9WAfyAyPg/s1600-h/TA-30+Trace-RickVanDerLinden.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbLeKCIpSZadSiPrZvWbPqrWCFT542YlHA7S9-w2K5hem8oASKhS9Bcyjb4r9tNI4u-2JpClGRKvtku0pE3cOdCxcb4cr67RFePBi1ivNLQz_E2nudRXphpKc_1hliFLUJEa9WAfyAyPg/s320/TA-30+Trace-RickVanDerLinden.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5177734144729351522" border="0" /></a> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:";font-size:100%;">É impossível falar do grupo TRACE sem começar por Rick van der Linden (5-Agosto-1946 – 22-Janeiro-2006). Ele nasceu perto de Amsterdã na Holanda. Aos 13 anos começou a estudar piano e depois entrou para o conservatório Haarlem, onde estudou Órgão de Tubos. Terminou seus estudos em 1967, obtendo louvor em Piano, Órgão de Tubos, harmonia e contraponto. Mas sua paixão por diversos outros tipos de música, o levou a tocar com vários músicos na própria Holanda.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:";font-size:100%;">Ele se tornou mais conhecido como compositor, tecladista e líder da banda de rock-sinfônico EKSEPTION, que teve carreira duradoura porém irregular desde 1967 até 2003. Aqui no Brasil ele apareceu somente quando formou o grupo TRACE (1973-1976) com o guitarrista/baixista JAAP VAN EIK e o baterista PIERRE VAN DER LINDEN. Suas composições eram invariavelmente uma combinação entre música clássica, com predominância do órgão de igreja, rock e pop.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:";font-size:100%;">Dito isto, parece que o primeiro álbum da banda não chamaria a atenção, entretanto, quando chegou até nós, havia o boato de que o baixista era na verdade o guitarrista JAN AKKERMAN, que saíra recentemente da banda FOCUS usando um pseudônimo. A confusão se dava pela presença do baterista, realmente ex-integrante da mesma banda. Mas eram apenas boatos em uma época em que o boca-a-boca substituía a internet.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:";font-size:100%;">Este disco é desconcertante. A partir das primeiras notas se ouve algo com o mesmo fogo e energia de um EMERSON, LAKE & PALMER, sem mais nenhuma similaridade além dessas. JAAP é um baixista e guitarrista superior a GREG LAKE e PIERRE um baterista bem mais modesto quando comparado a CARL PALMER, mas nesse álbum ele está diferente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:";font-size:100%;">GAILLARDE abre o disco misturando o 3º movimento do Concerto Italiano de BACH com uma música tradicional polonesa e mostrando de cara a virtuosidade dos três músicos. Uma base rítmica rápida e enérgica apóia o solo de órgão; vocais femininos e masculinos e um solo de trumpete são feitos ao Mellotron revelando a dimensão sinfônica da banda. GARE LE CORBEAU é um intermeso onde JAAP faz um fantástico solo de baixo com “fuzz” e a banda retorna a GAILLARDE com PIERRE mostrando uma enorme competência poli rítmica nunca vista em seus dias com o FOCUS.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:";font-size:100%;">THE DEATH OF ACE é um arranjo de uma parte da suíte PEER GUNT de GRIEG após RICK visitar a casa do compositor e ter autorização para tocar em seu piano. Originalmente intitulada THE DEAT OF AASE na suíte de GRIEG, RICK decidiu alterar o nome por conta do nome escolhido anteriormente para a banda, mas que não pode ser usado por já estar registrado por outro grupo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:";font-size:100%;">THE ESCAPE OF THE PIPER teve origem em um sonho de RICK onde um concerto da banda era interrompido por um som distante e não definido, então de repente gaitas de fole invadiam o palco e roubavam a música do grupo. RICK escreveu o tema e tocou as gaitas de fole, usando um aspirador de pó ligado ao contrário para fazê-las funcionar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:";font-size:100%;">ONCE é construída sobre um tema jazzístico e tem o órgão da introdução, praticamente raptado pela seção rítmica em um frenético tempo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:";font-size:100%;">PROGRESSION é uma longa suíte baseada em diversos ritmos diferentes e mostra uma combinação de vários instrumentos e muitos teclados sucessivamente: piano, sintetizador, Mellotron, cravo e órgão. O pesado som do baixo de JAAP abre a peça e a encerra com a inclusão do “fuzz”. É uma perfeita amostra das ambições virtuosísticas da banda, com inúmeras paradas, acelerações e mudanças de tempo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:";font-size:100%;">MEMORY iniciou-se em um encontro em um hotel alemão onde RICK encontrou o guitarrista sueco do duo NOVA. Eles improvisaram tocando no saguão do hotel onde RICK havia montado seu órgão pra tocar e compor quando tivesse vontade. Ele ficou impressionado com uma canção folclórica sueca que o guitarrista lhe mostrou. Ele escreveu e arranjou a peça ali mesmo. A “canção dos pássaros” é reproduzida na introdução pelos sintetizadores.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:";font-size:100%;">THE LOST PAST é um ótimo solo de PIERRE, perfeitamente encaixado no todo do álbum. Um solo como ele não havia feito em nenhum álbum até então.<o:p></o:p></span></p></div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-63000822206377697312008-03-14T19:50:00.002-03:002008-03-14T19:52:01.503-03:00Jan Hammer – THE BEST OF MIAMI VICE<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyZ__cN4VhXwcXyytZLDHqpw9TCHY8P0uK63RVWwe2QGSG-OmozBJ2VUKvkHu4HvetuaXqQFZaVYmfTRdVIDABPp_mMgYzhrQrp83YIM3JKJD289aw0DDGwLlDSKviZQ4PezRhZbNAZF8/s1600-h/TA-29+JanHammerMIAMIVICE.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyZ__cN4VhXwcXyytZLDHqpw9TCHY8P0uK63RVWwe2QGSG-OmozBJ2VUKvkHu4HvetuaXqQFZaVYmfTRdVIDABPp_mMgYzhrQrp83YIM3JKJD289aw0DDGwLlDSKviZQ4PezRhZbNAZF8/s320/TA-29+JanHammerMIAMIVICE.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5177733766772229458" border="0" /></a> <p class="MsoNormal">Jan Hammer foi por alguns anos o tecladista da MAHAVSHNU ORQUESTRA de John McLaughlin. Só isso foi o suficiente pra que as atenções estivessem sobre ele por um longo tempo, mas foi com seu trabalho na trilha sonora do seriado de televisão MIAMI VICE que o grande público tomou conhecimento do seu trabalho. Foi a primeira vez que a música atuava como um personagem. Suas entradas não eram óbvias e os temas em si tinham um toque de modernidade condizente com o ambiente da série. Quando MIAMI VICE foi filmada por Hollywood Hammer não foi sequer consultado. Esse disco mostra todo o talento dele e deixa no ar a curiosidade de como seria o filme com a música de Hammer. Quem nunca assistiu ao seriado não tem como saber que toda a trilha do filme teve inspiração direta na música de Hammer.Em 1984 ele foi chamado pelos produtores para criar a música do ainda não lançado seriado. Cada episódio era musicado como um filme independente. Sem nunca ter lido um roteiro, sua inspiração vinha ao assistir as fitas dos episódios prontos que eram enviadas de Los Angeles para ele em Nova York. Cada episódio levava de 4 a 5 dias para ter a música pronta. Logo ele tornou-se a terceira estrela do show junto com os dois protagonistas. Em novembro de 1985 esta trilha chegou ao número 1 da revista americana Billboard, feito que não acontecia para trilhas de seriados desde MUSIC FROM PETER GUNN de Henry Mancini 26 anos antes. Ouvindo-se esse disco, se percebe o tremendo trabalho de Hammer. Ele criou músicas com estilos do rock ao reggae, do clássico ao jazz além de temas tipicamente dele. Algumas músicas desse disco foram regravadas e ampliadas, como a primeira MIAMI VICE THEME e CROCKETT’S THEME, mas mantendo a atmosfera original. Aqueles que nunca ouviram o trabalho desse tecladista nascido em Praga – Tchecoslováquia - vão com certeza estranhar as inúmeras guitarras que aparecem em diversas músicas. Trata-se de uma das especialidades de Hammer, também baterista. Não que ele toque guitarra em uma guitarra. Ele consegue tirar de seus teclados, incríveis sons de guitarra. Isso faz com que alguns álbuns seus com guitarristas famosos como JEFF BECK e AL DIMEOLA se tornem tão interessantes. Neles há duelos de guitarras e teclados que mais parecem feitos por dois guitarristas. THE BEST OF MIAMI VICE funciona mesmo para os que não viram o seriado. É um disco que tem muito a ensinar sobre trilhas e como quebrar os limites do óbvio.</p></div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-1554247752818301702008-01-09T18:30:00.001-02:002008-03-14T20:09:48.042-03:00Anders Helmerson - FIELDS OF INERTIA<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT2XsWnZXt924d81TKiG4V-OfKe4w6qfmMOBXtYggSFWVXtGMMdPTJStHtNpXfTecdqrPebrUKHBaUAub9JaF96iKLFqme2fxwX7geKEiPLrd4EzZWUg0vGSbnGVXXAYMcI14tzwuelPo/s1600-h/TA-28+AndersHelmerson-FieldsOfInertia.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5153577275972002130" style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT2XsWnZXt924d81TKiG4V-OfKe4w6qfmMOBXtYggSFWVXtGMMdPTJStHtNpXfTecdqrPebrUKHBaUAub9JaF96iKLFqme2fxwX7geKEiPLrd4EzZWUg0vGSbnGVXXAYMcI14tzwuelPo/s320/TA-28+AndersHelmerson-FieldsOfInertia.jpg" border="0" /></a>Anders Helmerson é um tecladista sueco que participou nos anos 70 de muitas bandas de curta duração. Depois de gastar três anos preparando e gravando seu primeiro trabalho END OF ILUSION, ficou decepcionado com o fiasco da repercussão, vendeu todos os seus instrumentos e mudou-se para o Canadá onde o foco nos “magos dos teclados” era maior. Entretanto depois de participar do selo Atlantic com várias bandas de sucesso, voltou à Suécia para estudar medicina. Nos anos seguintes, END OF ILUSION transformou-se em um tipo de cult e ele acabou assinando contrato com o selo francês MUSEA pra relançar o disco em 1995. Nos anos seguintes, ele trabalhou como cirurgião em Copenhagem e como médico de bordo em um navio de cruzeiros viajando por todo o mundo.<br /><br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Foi assim que ele chegou ao Rio de Janeiro, cidade que passou a morar depois de largar seu emprego no navio. Com sua nova vida no Brazil, veio seu interesse novamente pela música, após 15 anos de afastamento. Junto com alguns artistas brasileiros e o apoio do selo SOM INTERIOR, ele lançou este álbum: FIELDS OF INERTIA. Gravado no Rio entre Janeiro e Junho de 2001, com gravações adicionais feitas em Cambridge (Inglaterra) e mixado em Nova York em Setembro antes de ele retornar ao Rio para masterização e lançamento em 2002. O álbum impressiona. Seja pelo uso da percussão brasileira como também pela performance de Anders nos teclados. É um disco curto, com apenas 33 minutos, mas logo fica claro que resiste a audições sucessivas, crescendo em cada uma delas. O álbum consegue a proeza de recriar a atmosfera dos anos 70 enquanto se mantém atual. A música tem um toque sinfônico tendo alguns momentos bombásticos, mas sempre com muito bom gosto.<br /><br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Os instrumentos percussivos, geralmente bateria, congas e tambores, adicionam não só um toque Afro-Sulamericano mas também uma dimensão muito diferenciada. Os três percussionistas são: Célio de Carvalho, Robertinho Silva e Valmir Bessa, mas o destaque vai para o excelente baixo de Rogério de Castro. Esse trabalho pode ser comparado ao dos grandes “mestres” Rick Wakeman e Patrick Moraz. Pode-se ouvir um pouco de fusion e de música clássica aqui e ali. As melhores músicas são: a longa CITY OF A HAUTING SILENCE, WINDS OF OLODUM e INFINITE FIELDS OF INERTIA, mas o todo é maior do que a soma das partes e como estas estão muito bem amarradas, ele merece ser ouvido do início ao fim, que é quando ele realmente brilha.</div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-57533333692448913972007-11-09T10:03:00.002-02:002008-03-14T20:15:29.015-03:00Aziza Mustafa Zadeh -Dance of Fire<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheyodXherHwiQp5Dlh2wPs8JlfVYixQKE9IB5MajYEmAW159om_lRxEijzh8Aeo7KZs11znks6zgh_7Vjziz6m2i6c1ff7H8yqX8mOyOxr_s3NIEtV-rU7Y_H8SbC00KK4ZXMF_xEGoa4/s1600-h/TA-25+AzizaDANCE.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5130810193163547858" style="margin: 0px auto 10px; display: block; cursor: pointer; text-align: center;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheyodXherHwiQp5Dlh2wPs8JlfVYixQKE9IB5MajYEmAW159om_lRxEijzh8Aeo7KZs11znks6zgh_7Vjziz6m2i6c1ff7H8yqX8mOyOxr_s3NIEtV-rU7Y_H8SbC00KK4ZXMF_xEGoa4/s320/TA-25+AzizaDANCE.jpg" border="0" /></a> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Confesso que encontrei este CD por um acaso mais do que absoluto. Nunca tinha ouvido falar em AZIZA MUSTAFA ZADEH e me arrependo profundamente.</p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">AZIZA é uma pianista fabulosa. Nasceu em Baku, capital do Azerbaijão e sinceramente temos poucas notícias daquelas terras. Entretanto este álbum é de 1995 e os músicos que tocam com ela são simplesmente Al DiMeola (violões), Stanley Clarke (baixos), Bill Evans (sax) e Omar Hakim (bateria). Quando me dei conta perguntava “como eles conhecem ela e eu não?”</p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">DANCE OF FIRE tem 11 músicas de autoria dela e os músicos estão completamente à vontade. Bem, Eles sempre estão, mas é que o que se pode notar é que a “conversa” é de iguais. Ela não está com esse time de primeira por acaso. Eles são tão bons quanto ela. O pai dela – VAGIF MUSTAFA ZADEH - era pianista e compositor, famoso por misturar MUGAN – a música tradicional de lá – com o jazz. Sua mãe era uma cantora lírica que abandonou os palcos para se dedicar à carreira da filha, que ganhou o primeiro prêmio do prestigioso concurso de piano Thelonius Monk nos EUA com o seu próprio estilo, herdado das influências diretas pai. Pianista clássica entusiasta de Chopin, ela admite que não pratica o suficiente, apensa deixa a música fluir e sua capacidade de improvisação fica clara na audição de qualquer um de seus discos.</p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">A interação entre os músicos é fantástica. A primeira faixa (BOOMERANG) tem uma divisão que a aproxima de um tango e STANLEY faz uníssonos lindos na segunda faixa (DANCE OF FIRE), sucedido pelo violão de DiMeola. O tema é dividido harmoniosamente entre os três. SHEHEREZADE começa misteriosamente como um tema árabe, pra em seguir revelar-se uma linda balada romântica, praticamente uma valsa, ao passo que ASPIRATION tem inúmeras semelhanças com o novo-tango de PIAZZOLA. A longa BANA BANA GEL traz a bela voz de AZIZA em dueto com a improvisação do sax de EVANS sobre divisões não muito habituais. Seus vocais lembram os da cantora e também tecladista GAYLE MORAN, esposa de CHICK COREA e tecladista da MAHAVISHNU ORCHESTRA. SHADOW abre melancolicamente com o sax de EVANS e permite a AZIZA mostra seu talento na improvisação. CARNIVAL traz a voz de AZIZA em dobras, formando um coro e levanta o astral quase derrubado pela melancolia da anterior, enquanto a seguinte (PASSION) retorna às divisões arrebatadoras das primeiras faixas. Já SPANISH PICTURE permite DiMeola mostrar seu talento, apesar de ter pouco do que chamaríamos de espanhol, mas é indiscutível o tom “mouro” do tema. TO BE CONTINUED é um excelente veículo para o trio mais tradicional do jazz. Um disco tão incrível fecha com uma merecida homenagem em FATHER onde a mistura de MUGAN e jazz passariam despercebidos, não fosse esse um disco de uma pianista do Azerbaijão radicada na Alemanha.</p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Excelente disco capaz pegar de surpresa qualquer um, como foi meu caso.</p>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-89651315315362713542007-08-24T10:03:00.001-03:002008-10-23T15:59:38.722-02:00John McLaughlin - Belo Horizonte<div style="TEXT-ALIGN: justify"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL16ACybzwDde95VVj8QCR-HgLpOduGdxQ8UdSwHBtSb1dFqyM5F_ZVSbbgrInSp3FhLh2ZLgsobfw-B4oRBD_roLrad4tRXE4gj_JeXwN1KNQmMZsxzDb6r0Ve9XCCedBXC2uakF9YWw/s1600-h/TA-26+JohnBELOHORIZONTE.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5102255289228642162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: pointer; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL16ACybzwDde95VVj8QCR-HgLpOduGdxQ8UdSwHBtSb1dFqyM5F_ZVSbbgrInSp3FhLh2ZLgsobfw-B4oRBD_roLrad4tRXE4gj_JeXwN1KNQmMZsxzDb6r0Ve9XCCedBXC2uakF9YWw/s320/TA-26+JohnBELOHORIZONTE.jpg" border="0" /></a>JOHN MC LAUGHLIN é um conhecido guitarrista que flertou com os mais diversos estilos, do jazz ao fusion, da música espanhola à indiana. O que poucos sabem é que sua esposa KATIA LABEQUE era a responsável pelos teclados dos discos e shows na década de 80.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br />BELO HORIZONTE é com certeza um disco que homenageia nossa terra, ou pelo menos uma de nossas cidades. Gravado em 1981 é da fase espanhola dele e traz a presença de dois tecladistas. Além da esposa, que toca piano acústico, FRANCOIS COUTURIER toca piano elétrico. Ambos dividem-se entre os sintetizadores, usados de uma forma sutil, quase orquestral, dando ao álbum uma sensação acústica. Os outros músicos são<span style="font-size:+0;"> </span>JEAN PAUL CELEA (baixo), FRANCOIS JEANNEAU (saxes), JEAN PIERRE DROUET e STEVE SHEMAN (percussão) e AUGUSTIN DUMAY (violino) e PACO DE LUCIA (violão).</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br />O fato de o álbum ter sido gravado na França não parece ter influenciado o trabalho do JOHN, mas é clara a aproximação com o som brasileiro. A faixa de abertura é exatamente a que dá nome ao disco e mostra qual a intenção dessa banda liderada pelo irrequieto guitarrista, com os teclados funcionando como uma pequena orquestra e base para seu virtuosismo. ONE MELODY, pela introdução, poderia ser uma música brasileira, mas o andamento acelerado a aproxima das composições do guitarrista belga PHILIPE CATHERINE. Apesar de o destaque ser para o violão de JOHN e o sax de FRANCOIS, a presença dos dois tecladistas não pode deixar de ser notada em uma audição mais cuidadosa. Entretanto é WALTZ FOR KATIA o maior destaque do disco, com a presença do lírico violino de AUGUSTIN na exposição do tema e o intrincado improviso de KATIA, um pouco ao estilo de JOHN, mas mostrando que a pianista, de formação clássica, está perfeitamente à vontade no idioma jazzístico. A bela balada ZAMFIR é outra faixa onde se destaca um dos tecladistas, no caso, um solo de sintetizador de FRANCOIS, que evolui a partir da complementação de uma frase do sax e que é de uma sutileza sem par. O timbre é mais para anos 70 do que 80. Apesar de não constar da ficha técnica, é quase certo que o synth usado foi um ARP, ícone dos sintetizadores dos anos 70 ao lado do MOOG. O álbum encerra com um duo do líder com o espanhol PACO DE LUCIA, uma faixa em que me peguei imaginando em sua transcrição para piano solo.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br />Pois é, esse não é um disco fundamental para a discoteca dos tecladistas, mas muito interessante pra qualquer um que goste de música com sotaque espanhol e pra se apreciar o ótimo trabalho de KATIA LABEQUE e FRANCOIS COUTURIER.</div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-83593066958292587902007-08-01T20:09:00.002-03:002008-10-23T15:56:40.109-02:00Michel Camilo - Rhapsody In Blue<p class="MsoNormal"><?xml:namespace prefix = o /><o:p></o:p></p><div style="TEXT-ALIGN: center"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJh3DxFFlLs3WHDvy2rl644reerTzgDv1xgpsiOFbBykgGALpEOBuMkPv46kR2_5DhVh_zMoQYTcbe86boUSy72clrpybJpBqzilTMB6xutZ_DDM5Z70VjyNW-KgjIKVTfQCvp-WyDXHQ/s1600-h/TA-27+MichelCamiloRhapsodyInBlue.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5093873384250168978" style="MARGIN: 0pt 10px 10px 0pt; CURSOR: pointer" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJh3DxFFlLs3WHDvy2rl644reerTzgDv1xgpsiOFbBykgGALpEOBuMkPv46kR2_5DhVh_zMoQYTcbe86boUSy72clrpybJpBqzilTMB6xutZ_DDM5Z70VjyNW-KgjIKVTfQCvp-WyDXHQ/s320/TA-27+MichelCamiloRhapsodyInBlue.jpg" border="0" /></a></div><div style="TEXT-ALIGN: justify">A música de George Gershwin marcou minha infância nos filmes da Sessão da Tarde e só depois fui descobrir que junto com seu irmão Ira Gershwin seu legado era incrível. De todas as suas músicas Rhapsody In Blue é a que mais me gosto. Talvez pela clarineta que antecipa o tema já na abertura ou pelos inúmeros desenhos animados em que ela foi usada. A Disney em “Fantasia 2000” a utilizou e dessa vez com o sentido mais próximo da intenção do compositor. Ela foi encomendada por Paul Whiteman para um concerto com sua orquestra, mas quando foi executada pela primeira vez não estava pronta e isso sempre me intrigou, porque tendo sido tocada pelo próprio George ao piano, sempre fiquei imaginando o quanto de improvisação não ocorreu naquele momento. Rhapsody foi composta como “a América (do Norte) vista de dentro de um trem”. Com isso em mente, fica claro que a clarineta da abertura poderia ser o apito do trem avisando aos passageiros da saída da composição da estação e para nós ouvintes o início de uma composição do mais alto nível. Entretanto, as interpretações clássicas sempre foram muito presas, as jazzísticas tinham mais frescor, apesar de fugirem constantemente da parte escrita.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br />Quando soube que Michel Camilo havia gravado esta rapsódia com orquestra, fiquei mais do que curioso. Todos os seus discos são excelentes e seu vigor nas interpretações é fantástico. Demorei pra ouvir, mas a espera foi muito recompensada, pois o disco é excelente. Credito como sendo esta a melhor interpretação desta obra até hoje. Uma interpretação não se faz apenas com o solista. A Orquestra Sinfônica de Barcelona regida por Ernest Martinez Izquierdo está soberba. A orquestra pulsa, balança, swinga, junto com Michel. A respiração de todos os músicos dá um novo tom à obra. Não se trata de uma releitura. A partitura é seguida, mas os tempos são como os que imaginava terem sido quando o próprio Gershwin executou-a pela primeira vez. A locomotiva inicia com a clarineta e vai aos poucos aumentando sua velocidade, diminui em alguns pontos e retoma o caminho como um ser vivo. A orquestra parece exatamente isso, outro músico e não um conjunto de músicos. Parece só um ser. </div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br />Ao final da audição fica uma sensação de que perdemos alguma coisa, senão a convivência com a genialidade com Gershwin, o fato de não termos presenciado tão magnífico trabalho pessoalmente. Como em todo concerto espetacular só nos resta aplaudir de pé e pedir bis.</div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-73711243361253793192007-06-22T17:11:00.001-03:002008-03-14T20:16:01.783-03:00Niacin - Deep<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivb-HRN2WO2f5-Sc98mtqqe4DmrQFBji0M3RybiUs_wlbTfdIDXRiDuLnfNJFzCn-wCtPVRDXVo0wGQoBY5najk_imbdR8Zi_mOnYxlk42fLRyiXvVC-dKEAM2hVLwJwS4_gwF1-_qZv8/s1600-h/TA-24+Niacin.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivb-HRN2WO2f5-Sc98mtqqe4DmrQFBji0M3RybiUs_wlbTfdIDXRiDuLnfNJFzCn-wCtPVRDXVo0wGQoBY5najk_imbdR8Zi_mOnYxlk42fLRyiXvVC-dKEAM2hVLwJwS4_gwF1-_qZv8/s320/TA-24+Niacin.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5078984539587881602" border="0" /></a>Niacin é um grupo típico do nosso tempo. Um trio de rock com órgão não chamaria a atenção alguns anos atrás, mas nesse século em que reverenciamos e reconhecemos a importância do passado, Niacin é um power-trio de sucesso. Formado pelo excelente baterista Dennis Chambers (Santana), o extraordinário baixista Billy Sheehan (Mr Big) é totalmente centrado no órgão de John Novello.<br /><br />A lista de tecladistas que o influenciaram impressiona pelo tamanho, mas nem um pouco pelas referências. O som do grupo tem referências claras de todos eles. Só pra se ter idéia eis alguns dos citados: Keith Emerson, Rick Wakeman, Chester Thompson, Jimmy Smith, James Brown, Stevie Winwood, Jack MacDuff, Edgar Winter, Jon Lord, Billy Preston, Greg Allman, Jan Hammer, Richard Tee. Todos influentes mestres do B3. Junto com Novello, alguns outros responsáveis pelo “ressurgimento” do instrumento são também Joey Defrancesco, Larry Goldings, Barbara Dennerlein, John Madeski.<br /><br />Esse resgate da majestade do instrumento torna o Niacin um grupo muito interessante. Caso não fosse ele formado por 3 ótimos músicos, seu único atrativo seria a sonoridade do Hammond B3, já que em todas as músicas, de autoria de Sheehan e Novello - no caso desse álbum - falta um pouco de melodia. Sobra ritmo e entusiasmo, mas não há muito pra assobiar nesse disco. O baixo de Billy mantém uma pulsação constante em perfeita sinergia com a bateria de Chambers, mas algo que pudesse ser identificado como tema, seguido de uma variação e um retorno, não faria nenhum mal. O que acontece é que o timbre do Hammond impera; os glisandros logo chamam a atençãol o ritmo aumenta; o pé acompanha e já esquecemos do que nos fazia falta.<br /><br />Nesse disco - lançado em 2000 - Novello usa além do Hammond, apenas um piano acústico e um elétrico Rhodes, o que conferiu ao álbum uma sonoridade bastante regular e "vintage", pra usar um termo da moda.<br /><br />Temas como MEAN STREET’S (do Van Hallen), BLUE-MONDO, THIS ONE’S CALLED… e PANIC BUTTOM destacam-se, sendo que esta última lembra muito uma composição de Chick Corea, provável influência, já que o álbum anterior, de 1998, foi lançado pelo selo do músico.<br /><br />Apesar do Niacin ser um grupo a procura de um tema, qualquer disco dele é audição obrigatória para um tecladista, seja iniciante, avançado ou profissional. O grupo faz jus ao sucesso internacional que alcançou.</div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-59556216116172571592007-05-17T00:27:00.001-03:002008-03-14T20:16:40.201-03:00SPIN XXI - Contraponto<div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeMCeoOFhfItnD_YZ5hld73xdgMCfKWLK0uLAmEpHpAyKaRmklbilYKYT6M-lKr1-Ti5_nFAiv096A2p99pNQurrH_iQtCpVHus6eB05YI5cNxEF6XAiudk6ft_TNvsa1nebc07Thy91Y/s1600-h/TA-23+SpinXXI.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5065366578411046098" style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeMCeoOFhfItnD_YZ5hld73xdgMCfKWLK0uLAmEpHpAyKaRmklbilYKYT6M-lKr1-Ti5_nFAiv096A2p99pNQurrH_iQtCpVHus6eB05YI5cNxEF6XAiudk6ft_TNvsa1nebc07Thy91Y/s320/TA-23+SpinXXI.jpg" border="0" /></a>A SPIN XXI é a reedição da banda SPIN que fez sucesso no circuito alternativo do Rio de Janeiro e Niterói nos anos 70. Com isso em mente, há alguma expectativa ao abrir a embalagem do novo CD – CONTRAPONTO. Estarão eles com um pé no progressivo dos anos 70 ou terão revisitado seu repertório para um som mais pop? Com apenas quatro faixas (uma com duas partes), compostas na década de 70 e arranjadas no mesmo espírito e sonoridade, não há muito do que duvidar: legítimo progressivo ano 70. Logo nos primeiros acordes já se sabe a que veio. Profusão de hammonds. moogs e outros teclados com a sonoridade da época. Guitarras “chorosas” e baterias “nervosas”. As faixas são longas, como determina um dos postulados do rock progressivo, mas nem por isso perdem a pulsação. A banda é composta por Tatoo Magdalena (guitarras, violões e vocais), Eraldo Márcio Corrêa (teclados), Sylvio Sá Corrêa (bateria e percussão), Marcelo de Alexandre Venâncio (baixos, pedais, violões e vocais) e Kakao Fugueiredo (vocais e instrumentos incidentais). É exatamente sobre este último que recai a responsabilidade de retirar a banda do universo comum das boas bandas do neo-prog, movimento com o qual a SPIN XXI poderia ser facilmente confundido. Procurei um adjetivo que melhor traduzisse sua interpretação e enquanto ouvia o CD no carro, meu filho comentou: “Dramático esse cara!”. Pois é, os vocais são revestidos de uma dramaticidade e de uma teatralidade que remonta ao Gênesis era Peter Gabriel, mas sem cópias, apenas boas lembranças. Como eles mesmos dizem, depois de muitos anos na geladeira, o sonho ressurgiu. Foram quatro anos de ensaios e gravações para que o SPIN XXI retornasse aos palcos, com mais vigor e experiência e com uma bela mistura de rock, jazz, música clássica, música brasileira, folclore, country, folk e música antiga, além é claro do rock progressivo, que parece estar cada vez mais conquistando novos espaços e novos fãs. Para os que não conheceram o SPIN nos anos 70 aí está uma ótima oportunidade de conferir o retorno da banda, agora SPIN XXI.</div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1497076344260414135.post-53207711919744789672007-04-19T14:40:00.001-03:002008-03-14T20:19:10.384-03:00Diapasão – Opus 1<div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxxyta0BL5hFybTMVDG-E0To8YhqyEtzLmysI25wcwwFOJu3z8c0l3Ejz_4yeQheuy2FehnkZfEFEkmQLSM9hsjML5jg7sU2dfIzga7Ae4AHaa7r3xqNPU1cMkh8FtsS9lZo_P5YMX5aY/s1600-h/TA-22+Diapasao.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5055195768957660626" style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxxyta0BL5hFybTMVDG-E0To8YhqyEtzLmysI25wcwwFOJu3z8c0l3Ejz_4yeQheuy2FehnkZfEFEkmQLSM9hsjML5jg7sU2dfIzga7Ae4AHaa7r3xqNPU1cMkh8FtsS9lZo_P5YMX5aY/s320/TA-22+Diapasao.jpg" border="0" /></a>Diapasão - Opus 1 - é praticamente o tecladista Rodrigo Lana, mas a rigor é um trio mineiro de rock progressivo com fortes influências de ELP, música clássica e toques de jazz. Formado por Rodrigo Lana (teclados), Gustavo Amaral (baixo e violão), Fabiano Moreira (bateria). Os teclados imperam durante todo o disco lembrando ora Rick Wakeman ora Keith Emerson. Mas não é um mero pastiche. Com clara influência clássica, eles contam com o apoio de Pedro Moreira (percussão), Ayran Oliveira (violinos) e Sergio Rabello (Cello) para criar um álbum criativo e muito interessante, com músicas longas, bem ao gosto dos progressivos, mas também com pequenas pérolas mais curtas. O álbum abre com a pomposa e longa DIAPASÃO, onde logo se percebe o talento de Rodrigo ao piano e sua capacidade inventiva, alternando timbres de cravo e cordas. Exatamente no cravo que nos vem à mente o mestre Wakeman, mas a divisão dessa música é bem diferente das composições deste. Logo após uma curta introdução, o piano assume a frente expondo uma nova melodia para aí sim prestar o que poderia muito bom ser um tributo ao citado mestre. Perto do fim ela se transforma em um tema típico do Emerson Lake & Palmer. No segundo tema, SOM DO BRASIL, Gustavo troca o baixo pelo violão pra expor uma bela e lírica melodia. São acompanhados pela percussão de Pedro Moreira. Sonata é uma música com toques clássicos como o título sugere. DO CÉU AO INFERNO continua no clima com a participação de um “quarteto” de cordas e FUGA apesar de seguir a mesma linha, com cravo e violão, funciona como uma introdução apara a poderosa NOITE A LA CAIPIRINHA, onde as lembranças da excelente banda alemã Triumvirat vêem à mente. JAZZ e PICCOLO FINALE iniciam ambas com o baixo de Gustavo e a última soa muito mesmo como um tributo a ELP, nas músicas como BENNY THE BOUNCE. As semelhanças indicadas aqui de maneira alguma desmerecem o álbum, pois estar perto dos mestres é algo extremamente difícil. Este belo álbum, com excelente material gráfico e lançado pela Masque Records, com certeza agradará aos fãs do rock progressivo e àqueles que querem expandir um pouco os seus horizontes musicais.</div>Alex Sabahttp://www.blogger.com/profile/05394287450399182032noreply@blogger.com2